terça-feira, 5 de maio de 2020
O "Bolsonaro Day": berro, perdigotos, "patife", nomeação, desnomeação, afagos em fanática. Tudo pelo bem do Brasil.
O dia de Bolsonaro, nesta terça-feira (5), foi um dos mais palpitantemente malucos de seus 17 meses de des(governo).
Começou com o Mito soltando perdigotos, ao berrar para jornalista calar a boca.
Descaiu para ofensas ao jornal Folha de S.Paulo, chamado de "patife".
Evoluiu para uma explicação tresloucadamente incompreensível sobre a acusação (insofismável, ressalte-se) do ex-ministro Sergio Moro, de que ele, o presidente, interferiu na Polícia Federal.
Avançou para a readmissão, na presidência da Funarte, de Dante Mantovani, o sábio clarividente que já associou rock a drogas, sexo e aborto.
Patinou com revogação da readmissão de Mantovani.
Continuou com um convite para Regina Duarte - pronta para pular da nau dos celerados - almoçar com o presidente, líder maior dos celerados.
Surpreendeu ao convidar o fotógrafo Orlando Britto para almoçar, após agressões de fascistas bolsonaristas a jornalistas no último domingo. Mas, no almoço, o chefe dos fascistas não pediu desculpa pelas agressões.
Relaxou, ao final do dia, com a volta do presidente ao Palácio do Alvorada e parando à entrada, para tratar com cortesias uma fanática que agrediu enfermeiros que se manifestavam pelo isolamento.
Cansadíssimo desse estafante dia de trabalho, em que mostrou todo o seu patriotismo, seu amor ao País, seus avançados métodos de gestão, sua liderança incontestável e sua capacidade de cultivar a paz, a concórdia e a temperança, Bolsonaro entrou no Alvorada.
Agora, deve estar tomando uma garrafada de Rivotril.
Porque, vocês sabem, ninguém é de ferro.
E amanhã é outro dia.
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3 comentários:
Paulo, a eleição já passou, vocês perderam. Junto os frangalhos que sobrou e venham em 2022.
A ocasião faz o ladrão
o cônjuge traído
o político corrupto
o cientista vigarista
o populista autoritário
o líder religioso pecador e
o inocente, sempre a vítima
AHT
06/05/2020
Um grazina. Vontade de estorcegar o pescoço dele.
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