No AMAZÔNIA:
Os pontos irregulares de mototáxi se tornam cada dia mais comuns nas ruas de Belém. Ônibus, automóveis, bicicletas e pedestres precisam dividir a rua ainda com as motos de aluguel, que começaram a circular para suprir as deficiências do serviço de transporte público da cidade. É comum encontrar em diversas esquinas faixas pintadas no chão pelos próprios mototaxistas, atribuição que caberia unicamente à prefeitura. Em geral, eles ficam estacionados próximo a pontos de ônibus, onde é mais fácil pegar passageiros.
Para quem não pode esperar, o mototáxi é uma opção para fugir do trânsito e da demora dos coletivos nas paradas. A atuação desorganizada anda tranquila e sem fiscalização, já que a Companhia de Tranportes do Município de Belém (Ctbel) diz que, por hora, aguarda o posicionamento do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) a respeito da regularização do ofício e critérios de funcionamento para os motoqueiros de aluguel para tomar providências mais rigorosas na cidade.
Se por um lado os veículos não são mais enquadrados pelo órgão como transporte clandestino e nem são fiscalizados como tal, não se pode garantir que eles atuem de forma adequada dentro do que está previsto na lei. Na prática, todos os mototaxistas ainda são clandestinos, considerando a ausência da regulamentação municipal e cadastramento. Por isso, não se sabe quantos eles são. Rapidamente proliferaram e chegaram a um nível de organização que, entre eles mesmos, já define os que seriam os 'clandestinos' e os 'autorizados'. A maioria dos profissionais entrevistados pela reportagem estava circulando há poucos meses na rua.
Para o mototaxista Israel Oliveira, a expectativa pela legalização definitiva da categoria é grande. 'Hoje não temos os meios para discernir quem é clandestino. Existem motoristas sérios, mas outros não têm carteira e não conhecem as melhores rotas; outros mandam fazer um uniforme igual o nosso para praticar assaltos - conhecemos estas histórias', explica.
'Esse é o grande desafio do nosso trabalho: as pessoas que não têm qualificação nenhuma acabam denegrindo a imagem dos profissionais', completa o mototaxista.
A respeito da regulamentação da profissão no Código de Trânsito Municipal, o mototaxista acredita que quanto antes ela for aprovada, mais segurança no trânsito terão passageiros e mototaxistas.
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