No AMAZÔNIA:
Os motoristas de Belém cometeram cerca de 106,8 mil infrações de trânsito nas ruas da cidade no ano de 2009. É um motorista multado a cada cinco minutos e 12 por hora. O cálculo tem base na estimativa de 300 multas por dia aplicadas pelos agentes de trânsito e pelos radares da Companhia de Transporte de Belém (Ctbel). Avanço de sinal e estacionamento irregular são as duas principais falhas dos condutores que trafegam pelas ruas da capital paraense, segundo o diretor de Trânsito do município, Joaquim Sousa. Ele garante que o número de multas não assusta, pois é pequeno considerando a frota circulante de 350 mil veículos nas vias belenenses.
Das multas aplicadas pela Companhia, 30% são oriundas dos nove radares eletrônicos espalhados pelas ruas de Belém. Os que mais registram as infrações, de acordo com Joaquim, são na av. Júlio César, em frente ao Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar (CBM); na rodovia Augusto Montenegro, próximo à Faculdade de Estudos Avançados do Pará (Feapa); e na av. Pedro Álvares, em frente à 5ª Companhia de Guardas do Exército Brasileiro.
Embora a quantidade de infrações registradas seja próxima à de 107 mil, Joaquim detalha que nem todas se tornam efetivamente em punições ou retornam como receita para os cofres do município. Os veículos com placas de outros municípios ou outros Estados geram receita para seus locais de origem. Há ainda uma cota de 8% a 10% das multas que não conseguem ser entregues aos destinatários pelos correios e ainda 12% a 15% dos autuados entram com recurso, suspendendo o pagamento da infração até que se defina se a multa é justa ou não.
Joaquim Sousa afirma que os 350 mil veículos circulantes pela cidade, incluindo os de Belém e região metropolitana, apenas 0,1% foram registrados com alguma infração. Para ele, a proporção é mínima quando se compara, por exemplo, com cidades como Brasília, onde o percentual atinge os 6%, ou Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, em que chega aos 3%. 'Manaus, por exemplo, esse índice é de 3% e lá existem 60 radares', comenta.
Questionado se o percentual baixo de Belém não tem relação com a falta de fiscalização nas ruas, o diretor da Ctbel relaciona com as poucas mortes no trânsito dentro da área urbana da capital paraense. 'A maioria dos acidentes letais ocorre fora dos limites de Belém, na BR-316, onde os 20 primeiros quilômetros são perigosos, como já foi noticiado', assinala.
Para o diretor de Trânsito, a incidência de infrações em Belém está mais ligada à falta de civilidade dos motoristas do que falta de educação no trânsito. Ele comenta que o infrator tem um perfil social em que há todas as condições de saber as leis que regem o vaivém de veículos nas ruas. 'A maior parte das multas são geradas por falta de consideração com o próximo, falta de civilidade. O motorista estaciona em uma calçada e tem a consciência que pode estar prejudicando uma pessoa idosa ou alguém com necessidades especiais. Há ainda os que param em fila dupla sabendo que estão atravancando um coletivo com 60 pessoas dentro, atrasando a vida do outro. Isso não é falta de educação. É falta de se importar com o outro', argumenta Joaquim.
Um comentário:
Os " agentes de trânsito " existem somente pra multar. Acho um acinte e desrespeito, que fiquem escondidos atrás de postes, árvores, paredes com a única finalidade : multar. E não há como defender-se. Isso não é ilegal ? Já paguei multa por supostamente estar ouvindo aparelho de som ou hands free,o texto mostrava dúvida. E eu não estava ouvindo nada. O cara tem que ficar visível, não na moita escrevendo o que bem entender.
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