quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Os comunistas comem criancinhas?

No blog Contrainformação, sob o título acima, você pode ler o texto seguinte, assinado por Marcos Souza:

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Parece ser mito a velha "suspeita" de que "os comunistas comem criancinhas". A julgar pelas últimas estatísticas da Unicef sobre Cuba, parece cair por terra a afirmação popularizada no Brasil pelos nossos avós durante a ditadura militar, com o objetivo de doutrinar seus netinhos desde a mais tenra idade sobre os "perigos do comunismo", senão vejamos.
Cuba terminou o ano de 2009 com a menor taxa de mortalidade infantil das Américas...
Apesar do bloqueio estadunidense que já dura meio século impedir que o país adquira em condições de normalidade no exterior, além de alimentos e máquinas, também os medicamentos e equipamentos médico-hospitalares necessários para promover o bem-estar da sua população, Cuba alcançou um índice de mortalidade infantil de 4,8 óbitos para cada mil nascidos vivos. Índice menor inclusive que o dos EUA e do Canadá, que giram em torno de 7 e 6 óbitos por cada mil nascimentos respectivamente. A esse respeito, um artigo intitulado "Health Care? Ask Cuba" publicado no The New York Times, reconhece de forma contundente a superioridade cubana em matéria de proteção infantil:

"Aqui está o fato doloroso: se os EUA tivessem uma taxa de mortalidade infantil tão boa quanto a de Cuba, nós salvaríamos 2.212 bebês americanos a mais por ano."

Vale ressaltar que em algumas províncias cubanas essa taxa chegou a 3,5 para cada mil nascimentos, sendo ainda de zero em mais de vinte municípios de um total de 169 que conta o país.
Diante dessas constatações, parece ser espantoso e no mínimo contraditório que uma criança tenha mais chance de sobreviver na "ilha-prisão governada pela cruel e sanguinária ditadura dos irmãos Castro" (como é qualificada a Revolução Cubana pelos "democratas de plantão"), que no país paladino da liberdade, da democracia, dos direitos humanos e detentor da hegemonia do poder econômico. E vale ressaltar para os críticos de plantão que esses dados não são estatísticas divulgadas pela "ditadura cubana", mas sim pela UNICEF, Fundo da ONU para a Infância.

Mais aqui.

6 comentários:

Anônimo disse...

Será que é necessário pagar o preço da falta de liberdade de pensamento e expressão, para obter essas benesses da saúde pública?
Sai caro, não?

TITO KLAUTAU disse...

PAULO.
Esta postagem dá uma demonstração que no "Espaço Aberto" existe o contraditório e o respeito por visões e posturas ideológicas diferentes entre si.
Grande postagem.
Continuo leitor assíduo do teu blog.
Um abraço do TITO KLAUTAU.

Bia disse...

Caro Paulo,

um grande amigo, a quem eu chamo carinhosamente de o último comunista em atividade, tem uma camiseta onde se lê:

500 mil crianças vivem nas ruas.
Nenhuma em Cuba.

Pelo visto, não é só um lema de camiseta.

Vai disto e do que o post comprova, que toda vez que leio ou ouço os debates sobre Cuba e a falta de liberdade - formalmente verdadeira - penso que liberdade também não deveria ser a indiferença em relação à fome do outro, à ingorãncia do outro, à doença do outro, para que eu possa livremente tomar minha coca-cola e ler meus blogs, né?

E quando alguém retruca sobre os presos, os mortos, os exilados, eu ainda vacilo, lembrando dos nossos mortos por desnutrição e doenças ela decorrentes ou das mortes nas portas dos prontos socorros. Do exílio da vida, vivido pelos que estão excluídos da dignidade da moradia, do trabalho e do lazer.

Na dúvida, desejo vida longa a Raul Castro.

Abração

Anônimo disse...

Prezado PB,

Somente numa democracia ou, se adotamos a classificação de Robert Dahl, numa poliarquia, convivem a participação popular ao lado da oposição leal. No tocante a Cuba, acho questionável o nível de participação popular nas decisões governamentais porque, em terra em que todos dependem do Papai Estado para sobreviver, quem não adere ou participa das marchas de adesão ao partido e ao governo estarão condenados ao desemprego e, portanto, à fome. Quanto à oposição, bem, sabemos que isto não existe em Cuba, prova disso é modo carinhoso como Raúl (Sorry, Bia!) trata Yaoni Sánchez, a mais famosa dissidente da ilha-prisão.
Quanto aos propalados sucessos no campo educacional e na área de saúde pública, acho tudo isso questionável porque não está submetido ao escrutínio de organizações autonomas, a maioria das quais com sede nos EUA (por que será?).
Por fim, liberdades básicas são inegociáveis, não podem ser objeto de negociação política, nem mesmo em troca de pão. As melhores cabeças do século XX - de Hannah Arendt a John Rawls - concluíram nesse sentido e eu assino embaixo (Sorry again, Bia!).

Anônimo disse...

Será que tem brasileiro que queira um regime "tão bom" assim, no Brasil? Um país do tamanho do nosso, comparadao àquela Ditadura do Proletariado, poderia mesmo se desenvolver com tanto engessamento? Olha, o sucesso do Brasil, hoje, não é previlégio desse governo. As políticas econômicas são de antes e o que faz o Brasil crescer é a Iniciativa Privada. E parte dessa gente que não trabalha - bolsa família - mas recebe, já devia estar produzindo para o País - e eles - poder melhorar.

Anônimo disse...

NUNCA LI TANTA BOBAGEM..... OS COMUNISTAS COMIAM CRIANCINHAS LITERALMENTE .... NO FINAL DA OCUPAÇÃO DA URSS NA UCRÂNIA DEPOIS DE UM INVERNO RIGOROSO DE 1933 MUITA GENTE MORREU DE FRIO E DE FOME... E TEVE MUITA GENTE QUE SOMENTE SOBREVIVEU COMENDO CADAVERES HUMANOS ....é dai que veio a expressão ... e eles preferiam crianças pois as carnes eram mais tenras...
Vão estudar bando de socialistas e esquerdistas burros.. defendendo o socialismo em CUBA... procurem comunidades de cubanos no facebook e perguntem lá o que os próprios cubanos acham do socialismo...
O socialismo forja a inveja, administra-se desde a hipocrisia, gera preguiça e destrói a riqueza.
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perguntem aqui para os Cubanos o que eles acham de Cuba... =>https://www.facebook.com/yusnaby/photos/a.473210336087411.1073741828.472157436192701/1224703724271398/?type=3&theater