“As revoluções não duram meio século, advirto aos que me perguntam. Elas terminam por devorar a si mesmas e por se excretar em autoritarismo, controle e imobilidade. Expiram sempre que tentam se tornar eternas. Falecem por querer e manter sem mudanças.”
Yoani Sánchez (na foto), a moça do blog, em seu livro De Cuba com Carinho.
4 comentários:
Viva a revolução cubana, que de acordo com a dados da ONU acabou com o analfabetismo, e erradicou a desnutrição infantil, e tem mais médico por população do que muitos paises da europa e os eua.
isso é revolução.
Gostaria que o texto da onu que enviei sobre a erradicação da desnutrição infantil em Cuba tivesse sido publicado, mais enfim não foi um texto da moça do blog, ai não teve destaque. Tudo bem!
Desculpe, Anônimo.
Mas não me lembro de ter recebido o texto a que você se refere, não.
Mas se ainda o tiver, mande novamente, que publicaremos.
Abs.
Yoani Sánchez tem toda razão: não existe revolução que dure 50 anos sem se descaracterizar. Quando uma revolução eclode e é bem-sucedida, derruba-se uma ordem para instaurar-se outra no lugar. Então, como bem ensinou Hannah Arendt, é preciso distinguir entre libertação - que é a destruição da ordem antiga e opressora - do verdadeiro sentido da Revolução - que é a constituição da liberdade (constitutio libertatis). HA explica detalhadamente isto no livro Da Revolução (On Revolution) e revela por que a Revolução Francesa fracassou, assim como todas as outras, bem como por que a Revolução Americana de 1776 foi exitosa.
O discurso segundo o qual, dando-se o pão, compra-se a liberdade é caduco, ultrapassado e só encontra adeptos em lugares politicamente atrasados como a América Latina.
A Revolução Cubana é um fracasso total - e não parcial, mas total!!! -, pois não assegurou nem a prometida liberdade, razão de ser de todas as revoluções segundo Hannah Arendt, nem tampouco instaurou o Reino da Abundância prometido by old Karl Marx.
É claro que precisa de um inimigo externo para justificar seus fracassos, daí o uso recorrente do bloqueio norte-americano para mentir para o próprio povo e, assim, justificar a opressão política e miséria social.
O Muro de Berlin já caiu sobre a cabeça desse pessoal que exalta a Revolução Cubana, mas parece que são necessários mais tijolaços na cabecinha dura para que vejam como estão equivocados e que o autoengano não vai alterar a realidade coisa nenhuma.
Por fim, pergunto: se o povo cubano é tão feliz, por que o governo "democrático" de Fidel e Raúl não o deixa ir e vir livremente?
Do Malecón, milhares estendem os olhares para o horizonte na esperança de atravessar o mar e encontrar o que falta na ilha - comida e liberdade. Esta é a grande verdade histórica, clara como a luz do Sol.
E o resto é papo furado do comissariado.
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