segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Conselheiro quase é submetido à revista na entrada de fórum

O conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Jefferson Kravchychyn foi barrado na manhã desta segunda-feira, na entrada do Fórum Cível de Belém, aquele que fica ali atrás do Palácio Antônio Lemos, na Praça Felipe Patroni, onde já funcionou o Tribunal de Justiça do Estado (TJE).
Kravchychyn, advogado catarinense que está no CNJ por indicação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, chegou ao Fórum Cível acompanhado de outros advogados, inclusive do presidente da OAB, Jarbas Vasconcelos.
Quando passou pela porta giratória, detectora de metais, foi abordado por seguranças do prédio, que já estavam se preparando para fazer uma revista no conselheiro. “Vocês não vão querer revistar minha mochila, vão?”, indagou Kravchychyn, que acabou ficando livre da revista.
A incerta que Jefferson Kravchychyn deu no prédio do Fórum Cível não foi casual. Foi deliberada. O conselheiro, que está em Belém a convite da OAB para dar uma palestra sobre as prerrogativas dos advogados, hoje à noite, na Escola Superior de Advocacia, está passando pelos vários fóruns da cidade, de todas as áreas do Poder Judiciário, para verificar in loco como está sendo o controle da entrada de advogados nos prédios.
A OAB-PA tem reclamado insistentemente e há muito tempo se opõe à prática em vigor na entrada do Fórum Civil, cujos seguranças submetem à revista, segundo a Ordem, apenas os advogados. Os demais profissionais e cidadãos comuns, segundo informações da OAB, apenas passam pela porta giratória e se identificam na portaria, mas os advogados, além disso, precisam se submeter à revista.
Depois do Fórum Cível, Kravchychyn foi até o prédio do Tribunal de Justiça do Estado, na avenida Almirante Barroso, onde foi recebido pela vice-presidente da Corte, desembargadora Raimunda do Carmo Gomes Noronha, e pela desembargadora Albanira Bemerguy, a decana (mais antiga) magistrada do Tribunal.
O assessor de Imprensa do TJE, Walber Monteiro, apresentou na ocasião um documento que expressa o entendimento do ministro Gilmar Mendes, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, de que submeter advogados a procedimentos de revista não configura constrangimento e, portanto, não agride as prerrogativas plenas do exercício da advocacia.

6 comentários:

Anônimo disse...

A lei tem que ser para todos.

Anônimo disse...

Bemerguy qual é o problema de um ministro, advogado, presidente da República, ou seja lá que cargo exercer, em passar por uma porta detetora de metal. Eu como jornalista já entrei inúmeras vezes no fórum criminal e me submeto sem problema algum a tal porta, muitas vezes tendo que deixar quase todos os objetos pela janelinha porque a porta apita, acusando que há objetos de metal.
Então quer dizer que garis, serventes, garçons, ou quaisquer outros cidadãos são obrigados a exibir o que leva na bolsa menos os advogados.
Sinceramente isso é defender regalias, pois sabemos muito bem que há muitos advogados que andam armados sem porte de armas; que são encarregados de levar armas, celulares e outros objetos proibidos para bandidos em cadeias, entre outras coisas.Acho que a OAB tem coisas bem maiores para se preocupar.

Anônimo disse...

Gostaria de colocar uns pingos nos "ii":

1º)Os integrante do Conselho Nacional de Justiça, não ostentam o título de "ministros", até porque eles não são juízes, exercem apenas funções administrativas, e são, por isso mesmo, chamados, na Constituição, de "conselheiros".

2º) Em vez de protagonizar a velha e sovada "carteirada" - "sabe com quem está falando?" - o nobre conselheiro do CNJ deveria elogiar o servidor que, à entrada do Forum Cível, cumpriu religiosamente a sua árdua função, comprovada até mesmo pela "incerta" do conselheiro que se abalou lá de Brasília só para ver isso, gastando o rico dinheirinho da "viúva", quando sairia bem mais barato se solicitasse aos Corrgedores locais o cumprimento da diligência.

3º) Na minha opinião, os Conselhos Nacionais têm que entender que foram criados para evitar os desperdícios do dinheiro público, e não para o torrarem, assim, tão desnecessariamente.

Anônimo disse...

Absurdo, porque ministro, não pode ser revistado, se o cidadão comum pode. somente no avacalhado Brasil, é ainda existe pessoas ou algumas instituições, que se acham acima das Leis. Entendo que tanto o CNJ e a OAB, deveriam dar exempo, depois reclamam que a população, não respeita as Leis. Também, com esses belos exemplos.Vamos acabar com isso, senão,o Brasil, nunca vai mudar.
Abraços.

Poster disse...

Anônimo das 16h17,
Você está certíssimo.
Seus pingos nos iis são mais do que pertinentes.
Membros do CNJ são conselheiros, a não ser quando já são ministros mesmo, o que não é o caso presente.
Grato pela sua atenção.
E desculpe a nossa falha.
Grande abraço.

Poster disse...

Ah, sim, Anônimo das 16h17.
A postagem já está corrigida.
Abs.