No AMAZÔNIA:
A maioria dos jovens que se envolve em crimes no município é presa por furto ou comércio de entorpecentes, segundo a delegada de Benevides, Vera Batista. Eles geralmente são de famílias muito pobres e desestruturadas, são criados apenas por um dos genitores, ou seja, não possuem um lar adequado.
Outro fator que faz com que cada vez mais cedo os jovens sigam o caminho do crime é a sensação de impunidade nessa fase. Vera Batista explica que o furto, por exemplo, não é um ensejo suficiente para a internação de um adolescente infrator. 'O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) só prevê como motivo para internação crimes em situações que há violência física', disse.
Por causa das frequentes ocorrências envolvendo adolescentes, a delegada informou que pretende elaborar este ano um mapeamento das áreas que oferecem maior risco para eles. Caso contrário, o crime na região vai se transformar em um ciclo vicioso.
Vera Batista afirma que alguns lugares são conhecidos pela população como os mais perigosos, como as invasões Amafrutas, Suipar, Nossa Senhora do Carmo e Dorothy Stang, que são completamente desprovidas de qualquer infraestrutura. 'Nesses lugares, por não serem urbanizados, eles acabam sem perspectiva de uma vida melhor', explicou.
Na delegacia, apenas três investigadores se revezam entre os plantões para tentar combater o tráfico de drogas na região, que é, principalmente, de maconha e pasta base de cocaína. Sempre que são apreendidos em ato delituoso os jovens são encaminhados pela delegada para algum abrigo nas proximidades do município.
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