terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Educação mais cara

No AMAZÔNIA:

As vendas de material escolar se iniciam este mês, após o tradicional período de compras de Natal e Ano-Novo. Já é possível encontrar alguns pais pelo comércio comprando materiais essenciais para a educação dos filhos, como lápis, livros, mochila, caderno, lancheira e caneta. Nas lojas, o movimento ainda é tímido, mas deve aumentar consideravelmente durante a semana. O reajuste nos preços de um ano para o outro, segundo os próprios consumidores, não foi grande.
'O acréscimo ficou na média do ano passado', diz a professora Patrícia Rodrigues, de 34 anos, que saiu ontem à procura do material escolar para o filho, de 7 anos, que passou para a segunda série. Para ela, a diferença de preço do caderno foi o que mais pesou. 'Antes, eu comprava a R$ 7,00 e hoje estou comprando a R$ 9,00', disse Patrícia. A professora conta que teve que economizar no Natal para garantir que não faltasse nada para a educação do filho. 'Tem que sobrar dinheiro. A gente já faz a lista de presentes pensando no material escolar, que é o mais importante', destaca.
Para o gerente comercial Edilson Cardoso, de 42 anos, nem mesmo com o dinheiro que sobrou do Natal será possível pagar todas as compras. 'Nós compramos tudo parcelado', revela. Ele e a esposa, a dentista Uiraci Barros Estrela, de 40 anos, calculam gastar cerca de R$ 3 mil com o material escolar dos três filhos. 'O mais caro é livro', avalia Edilson.
Este ano, o casal resolveu ainda atender alguns desejos dos filhos. Isabela Estrela Machado, de 7 anos, aluna da 3ª série, e Enzo Fortaleza, de 10 anos, aluno do 6º ano, foram com os pais às compras e fizeram questão de levar para casa os materiais que trazem na capa o desenho que tanto gostam. 'Essas personagens mais famosas custam mais. Ainda tem curso de inglês. Aí é outro material separado', explica Uiraci Barros. Somente com uma mochila, Uiraci e Edilson desembolsaram R$ 67,00.
A dona de casa Sheila Saraty, de 58 anos, também foi ontem ao comércio atrás do material da neta, Ana Luíza, que, com dois anos e sete meses, ingressa na escola este ano, onde deverá fazer o maternal. Sheila se surpreendeu com a lista de material, considerada pequena. 'Não me mandaram comprar tantas coisas. A mãe dela, quando era criança, gastava muito mais. Não vou gastar mais do que R$ 300,00', acredita.
De acordo com Vitalina Nascimento, vendedora em uma loja de material escolar do comércio, o movimento começou a aquecer no sábado, mas ainda é pequeno. 'Hoje (ontem) o movimento está meio murcho porque o pessoal ainda está chegando de viagem. A partir de quinta é que vai ser bom.O consumidor que for atrás daquele lápis, caderno ou livro deve observar reajuste em quase todos os materiais. Todos tiveram reajuste. Pequeno, mas tiveram', alerta Vitalina.

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