quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Defesa Civil em alerta para cheia em Marabá

No AMAZÔNIA:

A Defesa Civil no Pará enviou ontem, ao município de Marabá, na região sudeste do Estado, o coordenador adjunto do órgão, major Marcos Norat, para dar início às ações de prevenção contra as enchentes provocadas pela cheia do rio Tocantins na região.
A previsão é de que o nível do rio suba em média 25 cm nos próximos cinco dias. 'Nossa intenção é traçar desde já estratégias para contornar a situação caso o nível do rio suma acima do normal', adiantou Norat, antes de seguir para Marabá, onde participaria de uma reunião com representantes da prefeitura e da Defesa Civil no município.
Segundo dados divulgados ontem pela Eletronorte, o rio Tocantins havia atingido a marca de 5,20 metros na cidade de Tucuruí, e 8,08 metros em Marabá. Em Tucuruí, a tendência é que o nível baixe nos próximos dias e só volte a subir no dia 11, quando deve atingir 5,19m.
Enquanto em Marabá, onde as chuvas deixaram pelo menos 116 famílias desabrigadas no ano passado, o nível da água deve subir até a próxima semana, atingindo 9,41m na segunda-feira, 11. O alerta da Defesa Civil é de 10 metros. 'Evidentemente que a situação preocupa, por isso estamos tendo o cuidado de fazer essa ação preventiva', admitiu Norat.
No entanto, o coordenador da Defesa Civil ressaltou que os níveis previstos podem não ser atingidos nos próximos dias. De acordo com Norat, o rio Tocantins, em Marabá, tem algumas especificidades. 'O nível da água pode subir, se estagnar e baixar novamente', explicou.
Ainda assim, em dezembro do ano passado, a Defesa Civil alertou para o risco de a cheia dos rios - além do Tocantins, o rio Itacaiúnas também pode transbordar e alagar a parte baixa da cidade - atingir pelo menos 4 mil famílias no município.
Para atender os moradores das chamadas áreas de risco, a Defesa Civil promove, até o próximo dia 20, o cadastramento dessas pessoas. Uma das maiores dificuldades do trabalho preventivo é fazer com que as famílias deixem suas casas antes que elas sejam atingidas pelas águas. O medo é de que as propriedades sejam saqueadas.

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