No AMAZÔNIA:
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Gráficos do Estado do Pará (STGPA) procurou ontem a polícia para comunicar um atentado que teria sofrido em frente à sede da entidade sindical. Jarbas Dias, de 46 anos, chegava à sede, localizada à passagem Eunice Weyver, na avenida Senador Lemos, bairro da Sacramenta, quando dois homens numa moto atiraram em sua direção. A vítima sobreviveu ao ataque sem nenhum ferimento, mas teme novas investidas dos desconhecidos. Jarbas não suspeita de ninguém, mas acredita que o ataque esteja relacionado à sua atividade como sindicalista.
Jarbas conta que o ataque ocorreu por volta das 8 horas de ontem. Ele chegava de carro à sede do sindicato para mais um dia de trabalho quando percebeu a presença de dois homens numa moto. Ambos estavam de capacetes, impedindo que o sindicalista pudesse ver seus rostos. 'Eu estava sozinho em meu carro. Quando estacionei, os dois deram a volta na moto, reduzindo a velocidade como se fossem parar também. Era uma moto vermelha e com aparência de ser nova. Não tive tempo de anotar a placa. O da garupa foi quem atirou, mas sem descer da moto. Mirou em minha direção e deu dois tiros. Depois, os dois saíram em alta velocidade', contou Dias, que recolheu um cartucho de bala no local.
Os tiros, segundo Jarbas, foram dados a uma distância entre 5 e 10 metros. Ainda assim, nenhum dos disparos acertou o alvo.
O sindicalista diz não ter nenhuma suspeita sobre o motivo do atentado. 'Não desconfio de ninguém, mas isso só pode estar relacionado à minha atividade no sindicato. Apesar de que nossa relação com a classe patronal é relativamente tranquila. Nunca sofri ameaças nem tive qualquer problema com diretores de empresas onde temos filiados. Dentro do sindicato também acredito que não tenho inimigos. Afinal, fui eleito com 95% dos votos', revelou.
De início, Jarbas pensou em não comunicar o fato à polícia, mas foi convencido do contrário pelos demais colegas de sindicato. 'Não quis registrar logo porque não queria causar alarde. Não queria que isso assustasse minha família. Mas, depois, a diretoria achou por bem comunicar à polícia, dada a gravidade da situação', contou.
Apesar de o atentado ter ocorrido na Sacramenta, Jarbas acabou registrando o Boletim de Ocorrência na delegacia da Cabanagem, no início da tarde de ontem. 'Fui orientado pelos policiais a sempre andar acompanhado de algum outro diretor e a usar colete à prova de balas'.
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