Do jornalista Mauro Neto, sobre a postagem Raul Thadeu, um amigo que nos deixa:
Tive a honra de ser chefe de Raul Thadeu por oito bons anos.
Divertido, de humor sagaz, inteligentíssimo (capaz de citar um filósofo grego com a mesma simplicidade de quem conta uma piada de papagaio), Thadeu era realmene inigualável.
Com senso crítico apurado, intimidava com seu vozeirão qualquer fonte a lhe entregar matérias exclusivas de bandeja. Não me lembro de ter derrubado nenhuma pauta recebida. Mesmo as odiáveis recomendadas, ele as fazia com zelo e determinação e se orgulhava de ter sido o único repórter a ser manchetado com uma nota de 500 toques.
Lenda ou verdade, o certo é que Raul Thadeu nos deixa uma história de paixão pelo jornalismo, daqueles à antiga, quando o repórter tinha coragem de dizer na cara do entrevistado que não iria fazer aquela matéria porque era Chen [termo em jornalista que significa “pegar ponta”]. A frase è história todo mundo da redação de O LIBERAL conhece:
- Edimar Farias (Cabeção), vamos embora porque é Chen, companheiro!
O Raul Thadeu, como todos sabem, tinha problemas sérios de audição, mas enxergava e ouvia mais longe ainda, podem acreditar.
Vá com Deus, companheiro. À meiga Rose e a seus filhos, deixo o abraço de quem sempre respeitou o caráter, o jeito e os indefectíveis bigodes brancos de Raul Thadeu. Fiquem com Deus.
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