sábado, 10 de outubro de 2009

Traslado abre caminho para a consagração da fé

No AMAZÔNIA:

Depois de 12 horas e 55 quilômetros de Traslado acompanhada por centenas de carros e muitas homenagens por onde passou, a imagem de Nossa Senhora de Nazaré chegou ao altar montado na praça em frente à Igreja Matriz de Nossa Senhora das Graças, em Ananindeua, e foi saudada calorosamente por centenas de fiéis. A imagem foi recebida e conduzida pelo padre Francisco Sadeck, pároco do município. Juntamente com o bispo dom Pedro, de Teresina (PI), e outros sacerdotes, eles concelebraram a missa campal com o administrador arquidiocesano de Belém, padre Raimundo Possidônio, antes da imagem ser recolhida à Igreja Matriz para vígília durante toda a madrugada de hoje.
A primeira das onze procissões do calendário oficial do Círio de Nazaré, o Traslado para Ananindeua, ontem, levou milhares de pessoas para as ruas. A imagem peregrina de Nossa Senhora deixou a Basílica Santuário às 9 horas em direção à Igreja matriz de Ananindeua. O caminho é longo. As avenidas não são as únicas contempladas pela passagem da imagem. O trajeto de 55 quilômetros é feito sem pressa - além ser a omaria com maior extensão do calendário oficial do Círio, o traslado é a que tem a maior duração - a romaria teve 12 horas de duração este ano.
Mesmo antes das 9 horas da manhã, centenas de pessoas já aguardavam na praça Santuário pela saída do cortejo em direção a Ananindeua. Dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro, voltou a Belém para inaugurar a capela que em sua homenagem foi batizada Bom Pastor, no Centro Social de Nazaré, e para dar inicio à série de onze procissões marianas do calendário oficial da festa, do qual ele participa até domingo. Ontem, antes do início da romaria, dom Orani abençoou os fiéis. Do altar, o administrador diocesano monsenhor Raimundo Possidônio conduziu a imagem até a entrada da Basílica, onde a berlinda instalada sobre um carro aberto da Polícia Rodoviária Federal (PRF) já a esperava.
O serviço dos policiais federais não é fácil. Bicicletas, motos, carros e caminhões insistem em passar à frente da berlinda, manobra não permitida. Além de organizar o tráfego e garantir a fluidez da procissão é preciso cuidar para que os pedestres não se machuquem. Sempre que a berlinda para e recebe homenagens, a multidão se aproxima ao máximo do carro que a transporta. Foi preciso muita atenção para garantir que ninguém se acidentasse durante todo o trajeto.
'A equipe já não encara como trabalho. Eles aproveitam este momento também para prestar suas homenagens à Nossa Senhora, fazer seus pedidos e oferecer suas preces. É um momento abençoado. Ninguém fica cansado. Não podemos, afinal amanhã (hoje) a missão continua logo cedo', disse o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), inspetor Isnard Ferreira. Ontem, ele estava à frente de 200 policiais e 80 viaturas da polícia rodoviária.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sem Copa do Mundo e sem bispo. Pobre Belém!