segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Setenta católicos saíram de Castanhal a pé para o Círio

No AMAZÔNIA:

Por onde passou a berlinda de Nossa Senhora de Nazaré deixou um rastro de comoção, beleza e encanto. Do alto das janelas, na porta das casas, nas instituições públicas e privadas, ou nas arquibancadas, não faltaram homenagens à imagem peregrina.
A emoção deu o tom de todo percurso na avenida Nazaré e que não conhece sequer os limites do corpo. Edna Almeida, por exemplo, veio na comitiva 'Caminhando com Maria', com outras 70 pessoas, que vieram a pé de Castanhal para Belém. Mesmo com os pés ainda inchados da caminhada, e da maratona das romarias que antecederam ao à grande procissão, ela prometia seguir até o final. 'O que nos move é a fé e o amor em Nossa Senhora. O corpo depois a gente cuida', afirmou a romeira.
Chorando bastante, o romeiro Rômulo Silva era um dos milhares de promesseiros que seguiam pelo caminho. Segurando uma réplica da imagem em uma mão e uma família de gesso na outra, ele agradecia à graça alcançada. 'Estou aqui para agradecer a Nossa Senhora porque foi graças a ela que hoje posso ter meu filho perto de mim de novo. Desde que me separei, a mãe dele não me deixou mais vê-lo, então fiz promessa para poder estar perto dele novo', disse Rômulo Silva, entre lágrimas.
Um espetáculo de fé que se tornou ainda mais bonito com a explosão de fogos e chuva de papel picado no céu. Na frente do Centro Universitário do Pará (Cesupa), Companhia de Desenvolvimento do Município (Codem), Colégio Nazaré e Clube do Remo, pequenas paradas no cortejo para as apresentações dos corais e salva de fogos.
E conforme avançava a procissão, menor o espaço para os fiéis. Nas quadras próximas à praça Santuário era grande o número de pessoas que passavam mal. 'Mas é um esforço que vale a pena', disse a romeira Lucia Pereira, enquanto era atendida em um dos postos da Cruz Vermelha.

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