Foi por águas abaixo – ainda bem que foi – a pressa da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de aprovar a toque de caixa o Projeto de Decreto Legislativo 32/2009, aquele, o ilustre desconhecido que reestrutura a área de pessoal da Casa e cria 180 cargos.
Na reunião conjunta das comissões de Finanças e de Justiça, há pouco encerrada, a deputada Regina Barata (na foto, extraída do site da Assembleia), líder da bancada do PT e membro da CCJ, pediu vista do projeto.
A deputada falou com o repórter há pouco, por telefone.
Ela justifica que pediu vista porque há dúvidas, muitas dúvidas, sobre essa proposição.
As dúvidas da deputada são as nossas, são as de todos.
São as de servidores efetivos da Assembleia.
São as de deputados que exigem transparência.
São as de todos quantos não podem se conformar com justificativas vagas, vazias, como as que constam do projeto mencionado e que o blog mostrou no início da madrugada desta quinta-feira.
“Quando o presidente Domingos Juvenil assumiu, só havia cinco cargos na assessoria especial da Presidência. Em 2007, ele criou mais 50 cargos. E agora, com este projeto, ele cria mais 90, todos ligados à presidência. Onde ele vai pôr esse pessoal todo? Só se for um em cada município”, disse a deputada ao blog.
Com o projeto em mãos para apresentar seu voto, Regina pedirá que a Mesa lhe encaminhe um planilha financeira, para que ela possa ter melhor embasamento em relação às remunerações de cada um. Só assim poderá aferir se é verdade que a criação desses cargos realmente não vai onerar a folha de pagamento da Assembleia.
Regina também pretende tirar uma dúvida: esses cargos realmente estão sendo criados ou estão sendo entregues a pessoas que já trabalhavam na Assembleia?
E mais: se já trabalhavam, recebiam em que condição? Desempenhavam quais cargos? Desempenhavam que funções, que atribuições?
Qual era o enquadramento desse pessoal, uma vez que nenhum é efetivo?
O projeto vai aguardar nas comissões pelo menos até o dia 4 de novembro.
Na Comissão de Constituição e Justiça, o relator designado foi o deputado Martinho Carmona (PMDB).
Na Comissão de Finanças, o relator da matéria é o tucano Manoel Pioneiro.
Regina tem dois dias úteis para apresentar o voto vista.
Como a próxima semana é de bem-bom na Assembleia, só haverá sessões ordinárias nos dias 3 e 4 de novembro.
Até lá, a deputada petista pretende apontar todas as suas lupas sobre este projeto.
Todas as lupas.
Ainda bem!
4 comentários:
Seu Espaço, que mal lhe pregunte:
Ondi é qui a gente arranjemu um pistolão pra modi pegá uma vaguinha nessa boquinha desse tar de "cargo"??!!
açinadu: Mané.
Um monte de homi na tar reunião mas só uma muier foi capaz de acabar com eles.
Não é só a deputada e os servidores. Toda a sociedade quer saber. E tem direito. Ministério Público Federal, abra bem olho.
Bemerguy, o juvenil recebeu até abaixo-assinado de apoio dos servidores da Assembleia pedindo sua reeleição. Olha como ele agradece: cortando salário de quem trabalha, ao invés de separar o joio do trigo; negociando 200 cargos (que ainda vão ser criados, tomara que não) com deputados, governo e os apaniguados da assembleia; usando o método nazista de repertir uma mentira mil vezes pra que vire realidade na cabeça dos barnabés:que fará o plano de cargos e salários(que plano?); e ouvindo "açeçores" que são capazes de tudo pelo poder: até de redigir um ato de mesa e um decreto legislativo tal qual os recentes e apresentá-los quase que simultaneamente.
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