No AMAZÔNIA:
Mais que um dom, a relação de Gouvêa Junior com o jornalismo era uma paixão que veio de berço. Filho do repórter policial Antônio Carlos Gouvêa e sobrinho do também repórter policial Ítalo Gouvêa, o jornalismo parecia um caminho a ser seguido naturalmente. E foi por intermédio do pai, repórter do jornal O LIBERAL, que Gouvêa Junior pisou pela primeira vez em uma redação. Aos 19 anos, começou a carreira como repórter fotográfico do jornal.
Mas foi na televisão, anos mais tarde, que ele se consolidou como um dos maiores profissionais do ramo no Estado. Pela TV Liberal, Gouvêa Júnior mostrou ao Brasil imagens marcantes como a dos alunos jacarés, em Paragominas, e a da índia Tuíra, da nação Kaiapó, que ameaçou com um facão um diretor da Eletronorte durante o Encontro dos Povos do Xingu, em 1989. Mais recentemente, Gouvêa Júnior furou um bloqueio da Guarda Municipal de Belém e fez, com exclusividade, imagens do caos que acontecia dentro do Pronto Socorro da Tv. 14 de Março.
Para quem conviveu e trabalhou com o cinegrafista, todos essas imagens só foram possíveis porque Gouvêa Júnior era um profissional que compreendia como poucos a função que exercia. 'Ele tinha um olhar diferenciado, sabia reconhecer uma boa história e era capaz de perceber lances que muitos cinegrafistas deixariam passar batido. E o mais engraçado é, que quase sempre, esses lances de transformavam em uma grande história', contou o cinegrafista, Marcos Pinheiro.
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