No AMAZÔNIA:
O Horário Brasileiro de Verão começou atrapalhando a vida de pessoas que fariam concursos públicos em Belém, ontem, para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Aeronáutica. O caso foi registrado na delegacia e deverá chegar à Justiça, para onde os prejudicados pretendem recorrer, pedindo a anulação das provas.
O concurso para a PRF está sendo realizado pela Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio), com sede no Rio de Janeiro. Em Belém, a prova foi aplicada na Faculdade do Pará (FAP), no bairro do Umarizal, a partir das 12h, deixando de fora todos os que chegaram depois desse horário.
Os retardatários alegaram que a instituição falhou ao não deixar claro que, diante do HBV, seria obedecido o horário de Brasília e não o do Pará. Alguns até possuem cartões de confirmação de inscrição emitidos pela Funrio que alertam para as mudanças provocadas pelo horário de verão, mas reclamam terem recebido o documento ontem.
Há também quem tenha recebido cartões que não trazem a informação sobre horários e, ainda, aqueles que só receberam uma mensagem da instituição pelo celular, mas somente com o endereço da FAP. Um dos que receberam a mensagem telefônica, George Brasil afirma que não consultou o horário pela internet porque sempre a página eletrônica da Funrio estava congestionada.
Trinta e sete pessoas prejudicadas assinaram uma lista que deverá ser usada em um pedido de mandado de segurança contra a Funrio. Ontem mesmo eles começaram a se articular para consultar um advogado hoje sobre a possibilidade da prova ser anulada.
Além de terem eliminada a chance de se tornarem policiais rodoviários federais, muitos reclamam dos prejuízos financeiros. José Euclécio Bezerra estima ter gasto cerca de R$ 1 mil somente para se preparar para o concurso. Berg Auad perdeu ainda mais: R$ 100,00 de inscrição, R$ 690,00 de cursinho e R$ 1.200,00 de passagens para vir de Salvador (BA) para Belém e voltar.
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