No AMAZÔNIA:
Policiais civis da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DRFVA), vinculada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), cumpriram, à manhã de ontem, cinco mandados de prisão expedidos pela Justiça do Estado. Fredson Paulo Silveira Barbosa, Raimundo Jucier Bezerra Nobre, José Sebastião da Silva, Sérgio Almeida Silva e Otávio Waldemar Nunes de Souza são acusados de fazer parte de uma quadrilha especializada em clonagens e falsificações de documentação de veículos, sediada nos municípios de Belém, Santa Izabel do Pará, Castanhal, Ananindeua e Marituba. Há, ainda, indícios de atividade do grupo nos Estados do Maranhão, São Paulo e Minas Gerais. Mais cinco mandados de prisão relacionados ao esquema criminoso devem ser cumpridos em breve, segundo a Polícia Civil.
A delegada Rosamalena Abreu, titular da DRFVA, explicou que as investigações em torno do caso iniciaram no mês de maio, quando foi comunicado à polícia o roubo de um veículo Chevrolet Meriva na rodovia Augusto Montenegro, em Belém. No dia seguinte, o carro foi encontrado no município de Marapanim logo após ser usado em um assalto. O aparelho celular da dona do carro, roubado junto ao veículo, no entanto, não foi localizado, o que fez a polícia solicitar à Justiça a quebra do sigilo telefônico do aparelho.
Detran - O celular ficou nas mãos de Fredson, o primeiro a ser identificado. Ele comandava um esquema com a participação de sucateiros da Região Metropolitana de Belém (RMB) e até de um servidor do Departamento de Trânsito do Pará (Detran/PA) no município de Santa Izabel. A quadrilha era especializada na receptação, adulteração e clonagem de documentos de veículos. A principal evidência da ação foi a clonagem da documentação de um veículo de reboque pertencente a uma empresária de Santa Izabel.
A vítima foi ao Detran daquele município registrá-lo, porém descobriu que ele estava em nome de outra pessoa. Por meio de investigações policiais, descobriu-se que Fredson, com o auxílio de Otávio - servidor do Detran de Santa Izabel -, conseguiu uma segunda via do veículo de reboque, alegando que o documento havia sido roubado em fevereiro deste ano. O veículo teria sido revendido com o auxílio de terceiros - não só no Pará, mas em São Paulo, Maranhão e em Minas Gerais.
O detalhe é que o veículo original estava nas mãos da proprietária, segundo a delegada Rosamalena. 'O reboque dela foi periciado e constatou-se que ele não foi furtado em nenhum momento. O que houve, aí, foi a falsificação dos chassis e da documentação dele, resultado de uma ação organizada desta quadrilha. Já temos evidências do envolvimento deles em outros crimes de natureza semelhante', afirma. Com as evidências em mãos, a DRFVA solicitou 15 mandados de prisão preventiva à Justiça - todos de pessoas ligadas ao esquema criminoso. Porém, até agora somente dez foram deferidos.
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