No AMAZÔNIA:
Índios Kayapó da aldeia Kikretum fizeram reféns quatro funcionários da Fundação Nacional do Índio (Funai) do município de Tucumã, no sul do Pará. Três deles foram liberados na sexta-feira, 16, e o último, o chefe do posto da Funai na cidade, Odenildo Coelho da Silva, só foi solto ontem de manhã, por conta do frágil estado de saúde, após agressões sofridas durante o sequestro.
Na noite de ontem, representantes da aldeia Kikretum e de outras sete aldeias do município de Tucumã se reuniram com representantes nacionais da Funai na sede da fundação na cidade, para chegar a um acordo. Os Kayapó querem assistência médica e a reforma da Casa de Apoio ao Índio, além de outras demandas.
Segundo um funcionário do órgão, o motorista da Funai de Tucumã foi detido no início da tarde da última quinta-feira, dia 15. Ele é o responsável por levar e trazer índios aposentados do porto até a cidade, onde eles sacam o provento pago pelo Governo Federal. Na volta ao posto, outros índios já o esperavam para fazê-lo refém.
O motorista foi colocado em uma canoa e levado, à força, para a aldeia. Por volta das 16 horas, os kayapó fizeram contato via rádio e exigiram a presença do responsável da Funai de Tucumã, Odenildo, para a liberação do motorista.
No fim da tarde, Odenildo foi de avião à aldeia junto com o chefe de posto, Paulo Pereira e o gestor financeiro, Carlos Santos, ambos da Funai local, para resgatar o motorista. Ao serem levados para a casa dos guerreiros, local de reunião de homens, os funcionários foram informados que só seriam liberados com a presença do presidente da Funai.
Na sexta-feira, apenas o chefe do núcleo da Funai em Tucumã permaneceu refém. Os outros foram soltos para que providenciassem contato com Brasília. Antes que os representantes nacionais da Funai chegassem ao município, ao meio-dia de ontem, Odenildo já havia sido solto, por conta de seu estado de saúde debilitado.
Segundo a Polícia Civil de Tucumã, a Polícia Federal tomou depoimento dos funcionários feitos reféns e também solicitou exame de corpo de delito em Odenildo. O plantão da superintendência da Polícia Federal em Belém não tinha informações sobre o caso, assim como o núcleo da Polícia Federal do município de Redenção, responsável também pela cidade de Tucumã.
Os Kayapó tentaram forçar um encontro na aldeia, sem sucesso. Eles acabaram desistindo e se deslocando até a cidade, onde se reuniram com os representantes do órgão na Funai de Tucumã.
Ao final do encontro, os índios aceitaram participar de outra reunião, em Brasília, dentro de 10 dias, para exigir mais apoio da fundação e aproximação do órgão com as aldeias.
3 comentários:
Apenas para corrigir um equivoco...
Na cidade de Tucumã não existe aldeia, muito menos posto da funai, o leito do rio mais proximo fica a cerca de 70 km de distancia da cidade, ou seja impossivel os indios terem colocados o agente da funai em alguma embarcação e leva-los até a aldeia...
Na verdade todos esse fatos podem ter ocorrido no municipio mais proximo, em São Felix do Xingu onde se localiza as aldeias indigenas as margens do rio xingu e rio fresco.
Att: Ozéias Araujo..
Olá, Anônimo.
Apenas reproduzimos matéria do "Amazônia".
Mas obrigado pela informação.
Abs.
Olá pessoal, será que os indios não estavam mesmo a procura de um prefeito aqui em TUCUMA, quem tem apelido de PEIXE, e que está enrolado com a justiça até o cabelo do .... ? outra coisa a desorganização e a falta de administração é tão grande que só mesmo Deus na fita. Salvem nossa cidade, pois até os indios estao vendo a péssima administração.
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