domingo, 18 de outubro de 2009

Gripe A não recuou no Pará, avisa a Sespa

Por WILL MONTENEGRO, do AMAZÔNIA:

A queda acentuada do número de casos graves da nova gripe no País, apontada pelo Ministério da Saúde principalmente nos cinco Estados mais atingidos, pode aparentar um quadro em que o vírus Influenza A (H1N1) não esteja mais em circulação com a frequência que tinha antes. Mas ao contrário do que se pensa, o vírus da gripe suína, também conhecida como gripe A, continua, sim, em circulação e só não é susceptível quem já foi infectado.
No Pará, diferentemente do restante do País, a situação está estabilizada. Para a Coordenação da Vigilância à Saúde da Secretária Estadual de Saúde Pública (Sespa), o Estado não está registrando declínio no número de casos da nova gripe. Entre os motivos que levaria para a configuração deste quadro está o fato de a transmissão do vírus Influenza A (H1N1) no Pará ter começado após a transmissão na região Sul do País.
'No mínino, a situação está estabilizada. A nossa transmissão se iniciou depois da região Sul. Eles já estão há pelo menos cinco semanas em declínio porque já reduziu o frio, os casos graves também já não estão acontecendo e ainda a transmissão começou no Sul no mês de junho. Aqui a transmissão começou no final de julho. Então, temos uma defasagem de tempo de pelo menos 40 dias. Acredito, particularmente, que até final de outubro o número de casos entre em decréscimo', afirmou a Ana Helfer, coordenadora da Vigilância à Saúde.
19 internados - De acordo com o último boletim a Sespa, divulgado semanalmente, 209 casos foram confirmados como Influenza A H1N1. Desse total, 168 foram confirmados pelo laboratório de referência e os outros 41 através do critério clínico epidemiológico. Ainda segundo o relatório, 19 pessoas permanecem hospitalizadas, três em estado grave. O vírus da gripe suína vitimou seis pessoas, sendo que cinco delas pertenciam ao grupo de risco. Três casos ocorreram em Belém e o restante residia fora da capital do Estado. Desde a atualização do protocolo de manejo clínico do paciente suspeito ou confirmado de influenza (de qualquer origem viral) do Ministério da Saúde, é obrigatória a notificação dos casos que apresentem Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), considerando os sintomas de febre, tosse e dificuldade respiratória e hospitalização. No total, a Sespa notificou 579 casos suspeitos de SRAG. O medicamento só pode ser prescrito depois que o paciente passar por uma avaliação médica e estiver com o quadro de SRAG.

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