No AMAZÔNIA:
Muitas pessoas imaginavam que a partir da próxima segunda-feira (5) já poderiam contar com todos os serviços bancários funcionando normalmente, mas não houve acordo entre os trabalhadores e os banqueiros e a greve continua. Após dois dias de negociações entre bancários e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), em São Paulo, nada foi acertado e as portas dos bancos continuarão fechadas para a população. A greve está hoje em seu nono dia.
Segundo Alberto Cunha, presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá, a Fenaban não apresentou proposta que agradasse aos bancários. 'O impasse continua. Os bancos insistem em apresentar propostas que não contemplem o que nós desejamos. Não quiseram discutir a Participação nos Lucros e Resultados nem o aumento salarial, muito menos a contratação de mais funcionários', disse.
Ainda segundo o presidente do sindicato, a greve continua. 'O que queremos agora é intensificar e ampliar ainda mais o movimento para, dessa forma, tentar fazer com que os bancos apresentem um proposta melhor para a categoria'.
Os bancários pedem aumento de 10% (inflação do período mais aumento real) e participação nos lucros de três salários mais R$ 3.850 fixos, além de valorização dos pisos salariais, criação de política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos os funcionários.
Quase sete mil agências bancárias em todos os 26 Estados do país e no Distrito Federal estão em greve. No Pará, 58 municípios já aderiram à paralisação.
Negociações - A rodada de negociações entre as categorias iniciou ainda na quinta-feira (1º) e se estendeu por quase toda a manhã e tarde de ontem (2). Mesmo assim, nada foi acordado. Outra reunião está marcada para a próxima segunda-feira entre o Comando Nacional de Greve e a Fenaban. Enquanto isso, o presidente do Sindicato dos bancários do Pará e Amapá continua na capital paulista para participar das discussões.
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