sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Fisco sem acordo

No AMAZÔNIA:

Duzentos e vinte dos 660 fiscais de tributos estaduais recusaram, em assembleia geral ontem, a proposta apresentada na semana passada pelo secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade, que transfere para 2011 a mudança no vencimento-base da categoria. Além de fechar questão por ganhos já no ano eleitoral de 2010, os fiscais tornaram inegociável 'expressiva melhoria' no vencimento, hoje estacionado no salário mínimo, com a remuneração se constituindo em 90% de gratificações que não impactam na aposentadoria, informou o presidente do Sindicato dos Servidores do Fisco Estadual do Pará (Sinditaf), Charles Alcântara.
A categoria, que congrega também cerca de 300 fiscais aposentados, constituiu uma comissão para elaborar uma contraproposta que será apresentada às 9 horas de amanhã em nova rodada de negociação marcada para o gabinete do secretário da Fazenda. Ao meio-dia, os fiscais promovem nova assembleia para avaliar a reunião com Trindade. 'A categoria exige ganhos salariais imediatos', traduz Alcântara.
A queda de braço salarial dos fiscais com o governo começou em maio passado, quando o Sinditaf oficializou a entrega do Plano de Reestruturação Salarial (PRS), aplicável em três anos, a partir de 2010, para corrigir históricas distorções, como o vencimento assentado no salário mínimo. De lá para cá, com uma greve de cinco dias registrada no mês passado, pouca coisa avançou nas conversações do governo com os trabalhadores do Fisco.

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