No AMAZÔNIA:
Um adolescente de 17 anos foi executado ontem à noite com pelo menos três tiros na cabeça, no bairro da Cremação. O crime ocorreu por volta das 22h30, na rua dos Apinagés, próximo à passagem Santo Antônio. Um acusado foi preso, junto com um adolescente de 17 anos. Com eles, foram encontrados dois revólveres calibre 38, municiados. Um terceiro envolvido conseguiu fugir. Durante a perseguição policial aos acusados, houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Famíliares e conhecidos do adolescente assassinado garantiram que ele não tinha nenhum envolvimento com a criminalidade. A mãe dele, Conceição Lima da Silva, de 37 anos, acredita que o namoro com uma garota de 15 anos tenha motivado o crime. Segundo ela, o pai da adolescente não permitia o namoro e já tinha feito ameaças. O preso maior de idade foi identificado como Yuri Magno Barros, 18 anos. O adolescente foi encaminhado para a Divisão de Atendimento ao Adolescente (Data). Ele completará 18 anos daqui a uma semana.
Os dois disseram que o crime ocorreu porque anteontem, o menor de idade vitimado teria roubado a bicicleta do amigo deles. Esse amigo, segundo os detidos, foi quem atirou contra o adolescente e depois conseguiu fugir. A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a verdadeira motivação da morte. O caso será investigado pela Seccional Urbana da Cremação.
Policiais da Companhia Independente de Polícia Turística (Ciptur) estavam na rua dos Apinajés quando ouviram alguns disparos de arma de fogo. Eles foram até o local e perceberam que alguém tinha sido morto. Começou, então, a perseguição aos três acusados, que estavam em duas bicicletas. 'Nos deparamos com o trio na rua dos Tembés, aqui nas proximidades. Eles chegaram a disparar contra a guarnição policial, mas ninguém foi atingido', disse a tenente Rita. Um dos acusados desceu da bicicleta e fugiu. Até às 23h30 de ontem, ele ainda não havia sido localizado e foi identificado apenas pelo apelido de 'Julião'.
A mãe do adolescente morto, Conceição Silva, contou que o filho era estudante e não tinha envolvimento com o crime. 'Meu filho nunca fez nada pra ninguém. O único vício dele era jogar bola', disse. Ela relatou que há três meses o adolescente namorava com uma garota de 15 anos. 'A mãe dela já tinha ido na minha casa dizendo que não era pra permitir a entrada dela lá. Desde aquele dia eu nunca mais vi a garota, mas sabia que eles se encontravam. Eu mesma tinha receio, porque ela é adolescente e poderia engravidar. Além disso, meu filho mesmo me falou que pai dela já tinha feito ameaças, dizendo que se ele não matasse, ia mandar alguém matá-lo', denunciou, sem dizer o nome do acusado.
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