No AMAZÔNIA:
Depois de mais de 80 km de caminhada, cerca de 200 pessoas foram atendidas na Casa de Plácido, na praça Santuário, somente ontem de manhã. Eram romeiros vindos de Castanhal, que participaram da 30ª procissão do município rumo à capital paraense. A expectativa é que até o final da tarde de sábado mais de 10 mil fiéis compareçam à casa para receber cuidados de primeiros socorros, massoterapia, banho e alimentação.
Os romeiros começaram a chegar na Casa de Plácido por volta de 7 horas da manhã. Muito cansados e debilitados fisicamente, eles sentiam cãimbras e várias feridas nos pés, principalmente calos. Alguns, inclusive, chegaram a ser assaltados durante o percurso, mesmo tendo o apoio de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal na caminhada. Isso porque, apesar de ter saído de Castanhal mais de 400 pessoas juntas, os grupos se dispersam, o que torna a romaria mais vulnerável à ação dos bandidos.
De acordo com o coordenador da Casa de Plácido, Marcos Raiol, os assaltos aconteceram quando os romeiros ainda estavam próximos do município de Castanhal e eram praticados por homens que andavam de bicicleta na estrada. A situação foi definida por ele como absurda, já que a maioria dos fiéis sai do município do nordeste do Estado apenas com uma mochila com água, muda de roupa e, no máximo, uma pequena quantia em dinheiro para voltar para casa. 'Tiraram objetos de pessoas que não têm praticamente nada', ressaltou.
Quando chegaram à Casa de Plácido, na capital paraense, eles receberam os primeiros socorros. No entanto, os que estavam sem condições físicas de seguir de volta para Castanhal ou para a casa um parente em Belém, foram encaminhados para algum hospital da cidade, onde receberam tratamento médico. O atendimento no local será realizado ainda durante todo o dia de hoje e sábado, até às 18 horas.
Odilene Barata, que participou pela primeira vez da Romaria de Castanhal, disse que a caminha foi tranquila e bastante rápida. Ela decidiu participar da caminhada após o filho, Jefferson Barata, sofrer um acidente.
A Casa de Plácido também precisa de doações. Faltam materiais de primeiros socorros, o estoque de soro fisiológico, alimento e água mineral é insuficiente. Para doar, basta ligar para o 3202-4888.
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