terça-feira, 9 de junho de 2009

Sintepp ignora decisão

No AMAZÔNIA:

Após oito rodadas de negociação, profissionais da educação de 93 municípios do Pará decidiram manter a greve. A deliberação foi acertada durante a assembléia realizada na manhã de ontem, no prédio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc). Aproximadamente 500 professores prometem ocupar a frente do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE) na próxima quarta-feira, para tentar reverter a decisão do juiz Marco Antonio Lobo Castelo Branco, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Belém, que decretou ilegal a greve dos profissionais da educação. A determinação exige o imediato retorno das atividades escolares sob pena de pagamento de multa no valor de R$ 20 mil por cada dia de permanência da greve. No mesmo decreto o juiz proibiu a ocupação de prédios públicos por parte dos professores, que invadiram na semana passada as instalações da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa). Caso o interdito proibitório seja descumprido, os servidores terão de arcar com uma pena diária de R$ 50 mil.
Segundo o advogado do Sintepp (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará), Paulo Corrêa, foi protocolado ontem, junto ao desembargador Leonardo Noronha, do Tribunal de Justiça do Estado, um recurso de agravo de instrumento que vai reavaliar a decisão da tutela antecipada de abusividade da greve. 'O recurso deve chegar ao desembargador até a próxima quarta-feira. A intenção é fazer com que o juiz Marco Antonio Castelo Branco reveja a sua decisão', revela. Para Eloi Borges, presidente do Sintepp, a decisão do juiz deve ser revertida.
O presidente afirma que a assembléia de ontem serviu para fazer uma avaliação do movimento e decidir os rumos que a paralisação deve tomar. Embora o Sintepp não tenha marcado nenhuma reunião com a secretária de estadual de Educação, Iracy Gallo, os líderes do sindicato mantiveram, ao longo de toda a manhã, a expectativa de iniciar uma nova rodada de negociação - o que não aconteceu.
Desta forma, o ato público serviu exclusivamente para definir, de forma unânime, a continuidade da greve. 'Não adianta perdermos nosso tempo com negociações infrutíferas. Tivemos uma audiência com a secretária (Iracy Gallo) na última sexta-feira, contudo nos retiramos da reunião porque não houve nenhum avanço nas propostas apresentadas e a categoria veio decidir hoje (ontem) o que fazer', destaca o presidente do Sintepp. No final da assembléia os professores, munidos de vassouras, baldes e sabão, lavaram parte da entrada da secretaria, gritando 'vamos lavar a sujeira e a corrupção da Seduc'.

Um comentário:

Anônimo disse...

Professores, chega de onda, voltem às aulas. Não tem mais cabimento esse movimento.