terça-feira, 9 de junho de 2009

Outro muro é derrubado

No AMAZÔNIA:

Entre prós e contras, as obras de integração entre as avenidas Almirante Barroso e João Paulo II continuam dando o que falar. Ontem mais um muro que separava as avenidas foi ao chão. A passagem Henrique Engelhard, localizada às proximidades da Assembléia Paraense, será mais uma opção de tráfego. 'A tendência é que todas as vias que liguem a Almirante Barroso à João Paulo II sejam abertas. Dessa forma o fluxo de carros é melhor distribuído e não penalizamos apenas uma passagem', garante Onofre Veloso, diretor de Projetos da Companhia de Transporte de Belém (Ctbel).
Assim como ocorreu durante a desobstrução do prolongamento da avenida Tavares Bastos, a intervenção que pôs abaixo a guarita e o muro que delimitavam a passagem Henrique Engelhard foi realizada em conjunto pelas secretarias municipais de Urbanismo (Seurb), Saneamento (Sesan) e a Guarda Municipal de Belém (Gbel). A diferença, no entanto, foi o comportamento dos moradores. Ao contrário do que aconteceu na rua vizinha à passagem, nenhum morador se manifestou enquanto as equipes da Seurb avançavam em seus trabalhos.
O próximo passo será fazer o aplanamento da via. É que, assim como a Tavares Bastos, a passagem Engelhard é mais alta que a João Paulo II. Recomposição asfáltica, sinalização, padronização das calçadas e eficientização da iluminação pública também estão na lista de coisa a fazer. A Sesan estará à frente dessa etapa do projeto. As obras começam ainda esta semana.
'É como dizem: manda quem pode. Obedece quem tem juízo', definiu a professora Físia Ribeiro ao justificar o comportamento dos moradores da passagem. Há 30 anos a professora vive na passagem Henrique Engelhard. Ela desaprovou a ação da Seurb. 'Sempre vivemos em tranquilidade absoluta. Sem o muro nossas casas ficarão expostas. Será o fim de nossa segurança e de nossa tranquilidade', destacou a moradora.
Apesar de não hesitar na hora de apontar as possíveis desvantagens que a obra trará, Físia Ribeiro consegue exergar um benefício em decorrência da queda do muro. 'Vai ficar mais fácil chegar ao centro da cidade. Não precisaremos mais enfrentar a Almirante Barroso. Poderemos sair direto pela João Paulo II', pondera.
Sair de casa com facilidade, é por isso que anseia a autônoma Maria Isabel Pereira. Ela define como ótima a obra iniciada ontem na rua onde mora há 29 anos. 'Eu estava pensando em vender a casa. O trânsito na Almirante Barroso chega a impedir que a gente saia da passagem. Os carros ficam engarrafados e bloqueiam nossa saída. Agora teremos uma opção pra fugir do sufoco. Será ótimo quando a passagem para a João Paulo II estiver liberada', diz.

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