No AMAZÔNIA:
Acusado pelo assassinato da ex-mulher e professora Núbia Conte, em 5 de dezembro de 2005, o comerciante Ismael Macambira Haick voltará hoje ao Fórum Criminal para o segundo dia do julgamento iniciado ontem e interrompido por volta das 23 horas, por determinação do juiz Ronaldo Valle, da 3ª Vara do Tribunal do Júri de Belém. O primeiro dia do julgamento foi marcado pela tensão nos depoimentos de cinco testemunhas de acusação e mais duas de defesa, além de dois depoimentos especiais por decisão judicial: da psiquiatra forense Elizabeth Pereira Ferreira e da irmã de Núbia, Luiza Esther Conte.
A costureira Maria do Carmo Gonçalves da Silva, vizinha de Núbia, chegou a pedir ao juiz para que o réu se retirasse da sessão, por se sentir constrangida a depor na presença de Ismael Macambira. Após a interrupção da sessão para descanso do corpo de jurados, o julgamento será retomado às 8h30 de hoje, com depoimentos de quatro testemunhas de defesa, o depoimento do réu no final da manhã ou a partir das 14 horas e a leitura da sentença, prevista para sair até o começo da noite.
O corpo de Núbia Conte foi encontrado nas matas da Estrada da Ceasa, com sinais de violência sexual. No local, havia elementos de ritual de magia negra. Prestaram depoimento ontem, como testemunhas de defesa, a advogada Maria Rosaura que atuava no processo da guarda dos filhos de Núbia e Ismael, e a psicóloga do Ministério Público, Cristina Romero. Uma das testemunhas de acusação, Diana Helena Socorro da Silva, dona do lava-jato onde o acusado teria lavado o carro após dois homens terem levado Núbia para as matas da Estrada da Ceasa, como consta nos autos, afirmou que, ao chegar ao lava-jato, após a data do crime, Ismael Macambira estava nervoso, não olhando para o rosto das pessoas e pediu urgência no serviço. O carro estava todo peliculado e sujo de lama. Havia poça de urina no interior do veículo. Nelson Furtado, cunhado da vítima, enumerou situações de agressões contra Núbia e filhos por parte de Ismael, inclusive, de atos libidinosos contra a vítima. A vizinha de Núbia, Maria do Carmo referendou comportamento agressivo do réu, que já confessou o crime.
2 comentários:
Se houver justiça neste país, este homem morre atrás das grades!!!
Houve! Acabei de chegar do julgamento.
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