quarta-feira, 10 de junho de 2009

Puty continua candidatíssimo. E com a caneta na mão.

E Sua Excelência o doutor Cláudio Puty, chefe da Casa Civil do governo Ana Júlia, pode mesmo terminar no Irajá, ou melhor, pode terminar como candidato a deputado federal representando a Democracia Social (DS), tendência minoritária no PT, mas que tem como condestável ninguém menos que a governadora Ana Júlia Carepa.
Na conferência estadual da DS, ocorrida no último final de semana, as petistas Edilza Fontes (na foto, extraída do site da Agência Pará), ontem oficialmente exonerada da diretoria-geral da Escola de Governo, e Suely Oliveira, ainda titular da Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedurb), tinham a grande oportunidade de dar o xeque-mate, emparedando Puty e fazendo uma dobradinha para garantir suas vagas, respectivamente, a deputada estadual e federal.
As duas poderiam ter essa aspiração porque detinham, juntas, a esmagadora maioria dos membros da conferência.
Mas qual o resultado?
Puty, que tinha o apoio de minguados 10% dos delegados da conferência, levou nada menos do que seis vagas na coordenação estadual da DS, que é composta por 20 integrantes.
E aí?
E aí que a coordenação estadual é uma miragem, é uma ficção, segundo garantem petistas que conhecem bem as instâncias deliberativas da DS.
Até mesmo uma simples reunião dos coordenadores da DS é coisa praticamente impossível, porque vários integrantes são do interior e só vêm a Belém quando o governo do Estado banca os custos.
O normal mesmo é a coordenação omitir-se em tudo e por tudo. E aí fala mais alto quem tem a caneta a mão, no caso o próprio Puty e, acima dele, sua chefa, a governadora Ana Júlia.
Com isso, fica muito mais fácil para, na hora agá, o próprio Puty, que foi minoritário na conferência, ser ungido como o candidato da DS a deputado federal, independentemente da vontade e das deliberações da fictícia coordenação estadual da Democracia Socialista.

A insatisfação da professora
Há, todavia, um aspecto que não passou despercebido de muitos.
Trata-se da reação da Edilza Fontes depois que Ana Júlia decidiu tirá-la da Escola de Governo.
Edilza tem relações estreitas com a governadora.
As duas são até comadres.
Mas Edilza está porraqui com Sua Excelência.
Recusou-se até a ser nomeada para uma assessoria especial.
E tudo indica que ela vai voltar à Universidade Federal do Pará (UFPA), onde é professora, e trabalhar sua candidatura a deputada estadual, independentemente da vontade da cúpula da DS.
Se tal acontecer, pior para o secretário de Cultura, Edilson Moura.
Ele é o candidato dos sonhos da dupla Paulo Haineck (o marqueteiro de Ana Júlia em 2006) e Joaquim Soriano (tido e havido como o "representante da DS nacional") para sair candidato a deputado estadual, em dobradinha, claro, com Puty para federal.
Mas se a professora Edilza decidir concorrer à Assembleia Legislativa, aí as coisas mudam de figura.
Convém, portanto, esperar.
Enquanto isso, Puty permanece no governo, candidatíssimo.
E permanece com a caneta na mão.

3 comentários:

Anônimo disse...

Os petistas são autofágicos, caro poster.

Anônimo disse...

VÔO 3716
Nem dentro do aviao o prefeito Duciomar deixa de se esconder do eleitor.
Encolhido e de cabeça baixa, ja trocou de lugar duas vezes ate agora.
Esta, nesse momento, lendo um gibi, basico.
Luluquefala, de dentro do aviao, direto para o Espaço Aberto.

Anônimo disse...

Essa 'Escola' não ensinou nada a esse Governo mesmo...