sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pastelão no casamento

Depois de apresentar-se como repórter do Diário do Pará, tropeçar na toalha da mesa, empurrar o Jatene em direção ao bolo dos noivos, engolir um caroço de azeitona, derramar champagne na gravata nova do colunista Bernardino Santos e espirrar sobre o prato de salgadinhos, o intrépido jornalista pautado para a festa de casamento de Mário Couto travou o seguinte e inusitado diálogo com um distinto senhor de paletó preto, ao seu lado:

- Com licença, posso falar com o senhor? - pediu o repórter

- Claro! O que o sr. deseja?

- Eu queria saber quem o senhor apoia: Jatene ou Mário Couto?

- Hã?!

- Para o governo, quem é seu candidato?

O homem virou-se, olhou o repórter de alto a baixo e quis saber:

- Como é que é?

O repórter, com aquele jeitinho que só os jornalistas mais experientes têm, encostou ombro a ombro com o seu entrevistado, deu aquela cotoveladazinha que indica certa intimidade com a fonte e disparou a pergunta definitiva:

- Conta aí, deputado, só para nós: o senhor vai votar em quem?

- Deputado? Que deputado o quê, rapaz!

- O senhor não é o Nilson Pinto?

- Ih, meu amigo! Sai pra lá! Eu sou o garçom! Quer uma cervejinha?

2 comentários:

Anônimo disse...

Bê, essa sim é a melhor história do mega casório
O pior é que quando o coleguinha se apresentou como repórter do Diário do Pará eu estava do lado e pensei: meu Deus, fui substituída sem aviso prévio.
Mas essa do bolo eu pedir, pena
Rita Soares

Anônimo disse...

Tudo história do Silber, Rita. hahahahahaha.
História aumentada, na verdade.

O melhor foi a cara que fizeste.

Beijos.

Anderson.