quinta-feira, 18 de junho de 2009

Os porquês da falência da educação pública

Do professor Alcyr Lima, sobre a postagem “A greve é um instrumento falido”:

Mais uma evidência do fracasso educacional no Pará: "educadores" e suas opiniões em fim de movimento grevista. Com esses comentaristas em sala de aula, percebemos porque os números da educação paraense aparecem tão negativos e preocupantes.
Infelizmente, há pessoas que imaginam que uma greve deve, obrigatoriamente, resultar em ganhos "auspiciosos" (para usar uma palavra da moda). Um movimento como esse é permeado de interesses e serve para que a sociedade reflita sobre o tema.
A educação pública está falindo ajudada não só pelos governos que têm se mostrado incompetentes, mas também por profissionais que não sabem (ou não querem) perceber a vida como uma dinâmica política e vital para o desenvolvimento social.
Tenho percebido que vários de nós, professores, pautamo-nos nas mais ordinárias teorias para desqualificar um instrumento valioso de união classista: a luta política.
Pergunto a V. Sas.: como educar um ser humano em formação se não damos sequer a chance de perceber-se como cidadão participante da dinâmica social?
A formação das pessoas deve passar também por sua formação política, inclusive na escola. Somos de uma geração que aprendeu calada, sem contestar muitas baboseiras que nos enfiavam goela abaixo, com honrosas exceções.
Será que esta geração desenterrou essa forma de educar que transforma o cérebro em bibelô?
Precisamos sempre aprender, sempre. Com ou sem greves. Precisamos nos renovar. Precisamos sempre de sangue e coração novos. E precisamos de coragem e ousadia.

Nenhum comentário: