De um Anônimo, sobre a postagem Acaba a greve nas escolas:
Já estava passando da hora de voltar a trabalhar. Ou melhor, a greve nem deveria te acontecido se não tivéssemos um sindicato que marcha na contramão da história. A negociação ainda nem estava fechada e o sindicato, por conta da eleição para a direção que estava na porta, resolveu criar um fato político e induzir a categoria. A direção e todos sabiam que seria impossível ganhar 30% de reajuste, mas a intransigência e a falta de qualificação política dos dirigentes do sindicato é um fato. Vejamos agora, a direção, que é liberada com toda a sua carga horária, não precisa repor aulas nem sacrificar seu final de semana. Os professores que realmente tem compromisso com os alunos é que estão em situação complicada. Temos que buscar novas formas de pressão, a greve é um instrumento falido.
3 comentários:
Muito bem colocado, com certeza essa é a opinião de grande parcela da categoria. Acrecentaria a discussão o fato do gestor municipal fazer o desconto dos dias parados e o sindicato ficar caladinho. Será que se só tem voz para o governo do PT? Ou as pretenções políticas envolvem acordos com a gestão municipal?
Vamos denunciar e fazer uma campanha de desfiliação, enquanto o sindicato estiver nas mãos de pessoas que partidarizam a entidade.
Falaram os arautos do neoliberalismo: parem com isso, crianças, porque nós já decidimos que greve é um instrumento falido.É por mentalidades assim que o mundo passa pela crise que está passando. Os donos da verdade não param de arrotar suas asneiras.
Mais uma evidência do fracasso educacional no Pará: "educadores" e suas opiniões em fim de movimento grevista. Com esses comentaristas em sala de aula, percebemos porque os números da educação paraense aparecem tão negativos e preocupantes. Infelizmente, há pessoas que imaginam que uma greve deve, obrigatoriamente, resultar em ganhos "auspiciosos"(para usar uma palavra da moda). Um movimento como esse é permeado de interesses e serve para que a sociedade reflita sobre o tema. A educação pública está falindo ajudada não só pelos governos que têm se mostrado incompetentes, mas também por profissionais que não sabem (ou não querem) perceber a vida como uma dinâmica política e vital para o desenvolvimento social. Tenho percebido que vários de nós, professores, pautamo-nos nas mais ordinárias teorias para desqualificar um instrumento valioso de união classista: a luta política. Pergunto a V. Sas. como educar um ser humano em formação se não damos sequer a chance de perceber-se como cidadão participante da dinâmica social? A formação das pessoas deve passar também por sua formação política, inclusive na escola. Somos de uma geração que aprendeu calada, sem contestar muitas baboseiras que nos enfiavam goela abaixo, com honrosas exceções. Será que esta geração desenterrou essa forma de educar que transforma o cérebro em bibelô? Precisamos sempre aprender, sempre. Com ou sem greves. Precisamos nos renovar. Precisamos sempre de sangue e coração novos. E precisamos de coragem e ousadia.
Postar um comentário