No AMAZÔNIA:
Foram 40 dias parados, muitas horas de negociações e milhares de alunos prejudicados. Até que, ontem à tarde, a greve dos professores da rede estadual de ensino chegou ao fim. Depois de ocuparem pela manhã o gabinete da secretária de Estado de Educação, Iracy Gallo, representantes do movimento sindical da categoria conseguiram garantir que o governo do Estado não descontasse na folha de pagamento os dias em que paralisaram as atividades. Agora, falta apenas definir o calendário de reposição de aulas para que os alunos da rede pública não sejam ainda mais penalizados.
A reunião, que era para ter acontecido às 17 horas de ontem, foi antecipada para 12h30 após pressão dos sindicalistas. Cinco representantes da categoria se reuniram com a secretária de Educação, o secretário adjunto, Eli Benevides, e o secretário adjunto de Gestão, Fernando Azevedo. Eles conseguiram chegar a um consenso em relação à questão salarial, mas o calendário continua pendente. Iracy Gallo informou que o governo do Estado ainda se mantém empenhado em garantir os 200 dias letivos da rede pública de ensino e, principalmente, a qualidade destas aulas. No entanto, caso os professores não cumpram essa reposição, o salário sofrerá descontos. 'Nós acreditamos no avanço e no retorno das atividades nas escolas do Estado', disse.
Após a reunião, os professores se organizaram mais uma vez em uma assembleia geral para votar pela suspensão ou não da greve. Apenas três pessoas votaram contra a volta às aulas. Portanto, hoje de manhã, os alunos da rede pública já podem retornar às escolas. Conceição Holanda, representante do Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), disse que a classe sai vitoriosa. E que, apesar da greve ter terminado, o movimento sindical nunca vai parar.
4 comentários:
Lamentável essa greve! Os professores entraram e sairam do movimento com as mãos abanando. O "reajuste" dado pelo governo, seria dado independentemente de greve, porque o que Ana Julia Carepa fez foi apenas equiparar o salário base dos professores ao salário mínino, já que eles recebiam R$ 433,00. E isso era mais do que obrigação dela, já que por lei ninguém pode ganhar menos que o mínimo.
Perderam os professores e os alunos. Quanto ao governo, a resposta vem no próximo ano.
Não desistam companheiros!
Concordo em grau, gênero e número com o anônimo acima. Essa greva não passou de uma palhaçada, pois a única conquista da categoria foi a de não descontar os dias parados. Cadê a pauta de reivindicação do Sintepp, ora sindicato e governo são farinha do mesmo saco. Ano que vem a governadora da terra de direitos terá o direito de desocupar o palácio dos despachos para o bem do ,pará.
Já estava passando da hora de voltar a trabalhar. Ou melhor, a greve nem deveria te acontecido se não tivéssemos um sindicato que marcha na contramão da história. A negociação ainda nem estava fechada e o sindicato, por conta da eleição para a direção que estava na porta, resolveu criar um fato político e induzir a categoria. A direção e todos sabiam que seria impossível ganhar 30% de reajuste, mas a intransigência e a falta de qualificação política dos dirigentes do sindicato é um fato. Vejamos agora, a direção, que é liberada com toda a sua carga horária, não precisa repor aulas nem sacrificar seu final de semana. Os professores que realmente tem compromisso com os alunos é que estão em situação complicada. Temos que buscar novas formas de pressão, a greve é um instrumento falido.
Pow, essa greve prejudicou principalmente os alunos, por que a prova da primeira fase do Prise já é mês que vem, e a maioria dos alunos vai fazer, digo isto por que sou aluno e isso foi um absurdo...
Sei que os professores lutam pra garantir seus direitos, mas ele deveriam pensar no futuro do pais, dos alunos, das crianças que todo esse tempo só prejudica o nivel de educação que ainda por cima é muito baixo nas escolas públicas.
Mas parabéns aos professores que lutaram pelos seus direitos e tenham fé que vocês vão conseguir a vitória.
Aluno do 1º ano da escola Raymundo Martins Vianna. Belém - PA.
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