sábado, 6 de junho de 2009

Greve continua nas escolas

No AMAZÔNIA:

Não houve acordo entre governo e os professores, por isso, a greve nas escolas da rede pública estadual vai continuar, pelo menos, até a próxima segunda-feira, quando os professores se reunirão em assembléia geral, a partir das 9 horas, marcada para ser realizada à porta de entrada da sede da Secretaria Estadual de Educação (Seduc). No início da manhã, a secretária de Educação, Iracy Gallo, convocou uma reunião com a coordenação do movimento, mas em apenas vinte minutos de discussão, a comissão de professores se retirou da sala e anunciou a continuidade da greve.
Além da secretária, participaram da tentativa de acordo o representante da Casa Civil, Jorge Panzera, secretário-adjunto, Fernando Azevedo e a secretária de Ensino, Socorro Brasil. A comissão de professores pretendia garantir, pelo menos, o aumento no valor do abono do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) dos atuais R$ 126 para R$ 200 aos professores e dos R$ 100 para R$ 140 para os técnicos administrativos. Mas, o governo não aceitou e a secretária avisou que se os professores não retomarem o calendário letivo, haverá desconto dos dias parados durante a greve e ainda acusou o movimento grevista de ser movido por força política e não da categoria.
Na saída da sala, o coordenador do Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Pará (Sintepp), Eloy Borges, acusou o governo Ana Júlia Carepa de ter uma postura arrogante e de perseguir os movimentos sociais. 'Eu avisei à secretária que quem vai decidir se paramos ou continuamos a greve são os professores e não a pressão da Seduc. Vamos provar que a nossa categoria tem dignidade, é soberana e não vai se dobrar a nenhum governo', afirmou Borges. Ele ainda ressaltou que o governo trata os trabalhadores como criminosos, a exemplo da ação judicial movida pela Seduc, em que a Justiça decretou a ilegalidade da greve, determinando multa se os professores não retornarem ao trabalho e avisou que o Sintepp vai recorrer da decisão para cassar a liminar. 'Esta é a marca que este governo vai deixar, de perseguição. Não é a marca de investimentos na educação nem de melhoria na qualidade do ensino, mas da criminalização dos movimentos sociais', definiu Borges. E ainda alertou, 'Esse governo vai saber o que é fazer política no próximo ano'.
Por outro lado, Iracy Gallo assegura que o governo cumpriu o acordo com os professores para que eles desocupassem o prédio da Secretaria de Fazenda, invadido desde a terça-feira, concedendo reajuste de salário para a categoria de até 12% para o nível superior. 'Nós vamos pagar os dias parados à medida em que houver reposição das aulas. Isso irá acontecer quando a maioria retornar às aulas e a grande maioria quer voltar a trabalhar porque tem compromisso com a educação pública', ressaltou Iracy Gallo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse mesmo cidadão Elói Borges era quem apoiava o governo municipal na gestão Edmilson, contra os professores que também lutavam por melhores salários. Aliás, eterno Presidente do Sintepp, na epóca pertencia ao mesmo grupo politico do Prefeito, que também mandou a Guarda Municipal bater nos professores que tentavam uma audiencia com o Imperial Edmilson Rodrigues em frente ao Palácio Antonio Lemos.
A luta dos professores é justa, mas a politicagem e o oportunismo de alguns, acaba por fazê-los de massa de manobra, para interesses eleitoreiros.