No AMAZÔNIA:
Clima tenso e discussões marcaram a paralisação dos fiscais da Secretaria da Fazenda (Sefa) nas fronteiras. De acordo com as estimativas do presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Fisco do Estado do Pará (Sinditaf), Charles Alcântara, ontem mais de 2.500 caminhões passaram sem fiscalização nas barreiras. Já a Sefa, por meio de nota divulgada à imprensa, assegurou que ontem as unidades 'funcionaram normalmente'.
A Sefa também informou que o funcionamento das unidades de fronteira Itinga, Gurupi, Carajás, Conceição do Araguaia, Serra do Cachimbo, Araguaia e Candiru foi garantido pelo trabalho dos servidores escalados para o plantão de fim de semana. E que nas bases do Itinga, Gurupi, Araguaia e Carajás foram registradas, até o meio-dia de ontem, 3.938 notas fiscais. Somente no Itinga, a maior fronteira do Pará com o Maranhão, o número de notas fiscais registradas foi de 1.852.
A base do Itinga foi o principal alvo do piquete da categoria. Pela manhã, os grevistas tentaram bloquear a passagem com um carro atravessado na pista. As discussões continuaram e o líder do movimento, Charles Alcântara, foi inclusive ameaçado com voz de prisão pela polícia, mas a iniciativa não foi levada adiante.
De acordo com Alcântara, apesar do impasse, o movimento conseguiu atingir seu objetivo: paralisar as atividades na maioria das barreiras. 'Por problemas na telefonia só não conseguimos confirmar a adesão em São Geraldo e na Candiru, no estreito de Óbidos, mas nas demais fronteiras tudo foi paralisado', garantiu o presidente do Sinditaf, ressaltando que hoje as barreiras voltarão a funcionar regularmente. No entanto, será a vez das unidades da Sefa na capital e do interior fecharem as portas.
A categoria se reúne hoje, às 11 horas, no prédio de atendimento geral da Sefa, em São Brás, para fazer um balanço da paralisação, mas a estimativa do Sinditaf é de que mais R$ 80 milhões em transações comerciais deixaram de ser fiscalizadas, o que representa uma perda de R$ 5 milhões em arrecadação.
A principal reivindicação do grupo é o Plano de Recuperação Salarial (PRS) apresentado no dia 29 de maio ao secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade. Aplicável em três anos, a partir de 2010, o plano pede a incorporação salarial de parte da gratificação de produtividade que configura mais de 90% da remuneração dos 670 fiscais do Pará.
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