terça-feira, 23 de junho de 2009

De jornalismo, notícias, opiniões, diplomas e chuchus

Do presidente do Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, Romário Schettino:

“Jornalismo não é emitir opinião. Jornalismo é apuração. De forma nenhuma a prática jornalística fere a liberdade de expressão, até porque sempre houve e sempre haverá, nos veículos, espaço para esse tipo de manifestação. O que nós jornalistas fazemos é apurar fatos e, seguindo critérios técnicos, identificar aqueles que são mais relevantes para a sociedade.”

Schettino está certo.
Aqui mesmo já se comentou, em defesa do diploma:

O sujeito pode expressar suas opiniões por um panfleto. Pode fazê-lo numa passeata que fecha vias públicas e entope os ouvidos dos transeuntes de palavras de ordem. Pode externá-las nos próprios jornais, que atualmente abrem espaço para artigos regulares de colaboradores de vários segmentos do saber e para leitores, cidadãos comuns que se manifestam contra e a favor do que acharem conveniente fazê-lo, desde o buraco aberto na rua até a última e mais escandalosa roubalheira envolvendo figuras públicas.

É isso mesmo.
Jornalismo é técnica.
Querem ver?
Peçam aos ministros do Supremo – aos onze – para fazerem uma matéria jornalística sobre a decisão que eles mesmos proferiram, a de acabar com a obrigatoriedade do diploma.
Peçam e vejam como sairá a “notícia”.
Há nove chances em dez de que eles precisem reescrever a “matéria”, para adequá-la a princípios básicos, inclusive e sobretudo a objetividade, que magistrados – nove em cada dez – não têm.
E não é que sejam incapazes de ser objetivo. É que a natureza dos seus misteres, da sua profissão os induz a não serem tão objetivos como um jornalista que produz um texto jornalístico.
Ah, dirão muitos, mas os ministros do Supremo podem aprender as técnicas sobre como fazer uma notícia.
Ah, é?
Então, por que nós – qualquer um de nós, que não somos magistrados - não podemos apreender as técnicas sobre como fazer uma sentença?
Por quê?
Ah, uma sentença é mais “difícil” de redigir do que uma notícia!
Ah, é?
E quem disse que é?
Que parâmetros temos para dizer o que é mais ou menos difícil.
Todos os que labutam aqui na redação – sem exceção -, por exemplo, são imbecis, notórios imbecis em matemática e física quântica. Imbecis diplomadíssimos, com PhD em Harvard.
Alguns aqui da redação são imbecis em distinguir, por exemplo, algumas espécies de alimentos. Não conseguem bem, por exemplo, diferenciar um chuchu (vejam só esse viçoso aí em cima) de uma cenoura. Mas conseguem, ainda bem, diferenciar um tomate de um cavalo.
O que isso demonstra?
Que o fácil, pra mim, pode ser fácil mesmo. Para outro, pode ser dificílimo.
O que estamos discutindo são as habilidades, é a qualificação que qualquer um deve ter para desenvolver uma profissão.
Inclusive a de cozinheiro, na insensatez sesquipedal – toma-te! – de Sua Excelência o ministro Gilmar Mendes, ao fazer tal comparação.
É nessa discussão que entra o diploma.
O diploma e sua obrigatoriedade.

3 comentários:

Hanny Amoras disse...

Mano Bemê!

Eu nunca me senti tão desrespeitada, tão vilipendiada como com essa decisão dos nossos "doutores" de direito - sim, porque eles fazem questão de serem chamados de "doutor" sem nunca terem feito doutorado. É como se esses "doutores" tivessem dito "quem manda tu teres sido idiota para frequentar uma universidade de jornalismo". Só não digo que estudar foi perda de tempo porque adquiri muitos conhecimentos e isso não tem preço. Mas o tempo que me dediquei à UFPA poderia ter me debruçado sobre os livros de Direito, ser autodidata, porque, como no jornalismo, para ser advogado ou juiz basta ter vocação, saber ler e escrever. Alguma réplica?
Beijos no coração

Poster disse...

Se você fosse autodidata em direito, acabaria ministra do Supremo (rssss).
Abs., grande amiga.

Anônimo disse...

ENQUANTO FICAMOS AQUI NOS PREOCUPANDO COM TAÕ POUCAS COISAS,O PT FAZ DE NOS BRASILEIROS COBAIAS ,E CONTINUAM A MENTIREM PARA NOS ,E NOS ACEITAMOS ,SERA QUANDO O POVO BRASILEIRA TERA CONCIENCIA ,DE QUE ESTAMOS CAINDO NUM BURACO PROFUNDO,COM ESTES POLITICOS LADRÕES,ACOISA ESTA TAÕ RUIM PARA NOS BRASILEIRO ,QUE UMA PRESIDENTA CHEGA AMEAÇAR AS LEIS DE UM OUTRO PAIS AFAVOR DE UM TRAFICANTE,ENQUANTO AQUI VARIAS PESSOAS DE BEM ESTAÕ SENDO MORTAS POR ESTES VAGABUNDO TRAFICANTES E VICIADOS,EM DROGAS.SERA QUE SEREMOS O APOCALIPSIS,DO MUNDO ,NINGUEM TENTA MELHOR E PENSAREM NAS CRIANÇAS QUE ESTAÕ CHEGANDO AO NOSSO BRADIL.POR FAVOR ,POVO BRASILEIRO EXIJAM MAIS DAS FORÇAS ARMADAS NO BRASIL ,CHEGA DE TANTA POUCA VERGONHA COM ESTES POLITICOS ,BRASILEIROS .VEJAM AI A GAZOLINA ,OS ALIMENTOS ,ENFIM TUDO ESTA UM TERROR.VAMOS COLOCAR UMA PENA DE MORTE PRA VAGABUNDO NESTE PÁIS,SERA BEM VINDA.OK