Remo e Paysandu empatam até no riso

Parece mentira, mas é verdade.
O futebol paraense, no estado falimentar em que se encontra, protagoniza certos feitos, certas coisas que, sinceramente, outra utilidade não têm que não provocar o riso.
Como não se pode fazer outra coisa, o jeito é mesmo rir. Rir às gargalhadas.
Como Raimundo Ribeiro, que não perdeu a capacidade de nos divertir, agora vem o Paysandu para empatar o jogo.
Ou para empatar o riso.
Em sua última reunião, o Conselho Deliberativo do clube aprovou cláusula que autoriza o próximo presidente da agremiação a estudar uma fórmula para cobrar os direitos de transmissão das partidas do clube também por emissoras de rádio.
Você entendeu? É exatamente isso.
Por incrível que pareça, é exatamente isto: o Paysandu, que deveria pagar para as emissoras de rádio transmitirem seus jogos – tal a baixa qualidade do futebol que apresenta -, cogita a possibilidade de exigir que as emissoras de rádio é que paguem ao clube para transmitir seus jogos.
Entendeu bem? É isso mesmo.
Remo e Paysandu estão numa situação calamitosa.
O Remo, nem elenco possui para a próxima temporada.
O Paysandu, se tem elenco, não o tem em qualidade compatível com uma equipe do seu porte e das suas tradições.
Até time de pelada, hoje em dia, é parada dura, duríssima para Remo e Paysandu.
E o Paysandu, para fazer caixa, sonha em cobrar direitos de transmissão de emissoras de rádio, muito embora haja precedente judicial aponte para a inocuidade da pretensão dos bicolores.
Trata-se de liminar deferida em abril deste ano pela Justiça do Paraná, em favor da Rádio Transamérica, impedindo o Atlético (PR) de cobrar direitos de transmissão das emissoras de rádio.
Independentemente desse precedente, no entanto, a pretensão é um disparate.
Parece mentira, mas é verdade.