O poder, indiscutivelmente, tem uma capacidade de sedução que não escolhe nem hora, nem local, nem divisas e muito menos fronteiras.
Um prefeito da região nordeste do Pará, tão logo se consumou sua vitória na eleição de 2004, veio a Belém e foi comemorar naquela – como diriam os mais antigos – casa de tolerância que se demora (termo também d’antanho) ali na Pedro Álvares Cabral. Na Locomotiva, para ser mais exato.
Chegou lá, amesendou-se, abriu a carteira e começou a gastar. Lá pelas tantas, animadíssimo, revelou que era o Fulano de Tal, eleito com uma estrondosa votação prefeito do município tal.
Pra quê! A informação foi parar na mão do mestre-de-cerimônias da Locomotiva, que anunciou em alto e bom som a presença ilustre no local. Feito isso, a mesa do prefeito eleito encheu-se, arrodeou-se, congestionou-se de damas da noite, cada uma se desfazendo em delicadezas para oferecer seus prestimosos serviços ao recém-chegado.
E a gerência da casa tratou logo de emitir o green card, que daria ao prefeito eleito o passe-livre no local.
Até hoje, ele evitar passar pela frente casa dita casa, com medo que o arrastem lá pra dentro. Como agora é autoridade, procura controlar-se mais os seus arroubos. Inclusive os de natureza sexual.
Faz muito bem.
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