Na FOLHA DE S.PAULO:
Colocado sob suspeita na Operação Santa Tereza, da Polícia Federal, por supostamente se beneficiar de desvio de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), 52, o Paulinho, há mais de um mês freqüenta uma nova casa em Bertioga, no litoral sul de São Paulo, registrada em nome de sua filha, Daniele Costa da Silva.
O imóvel foi comprado pela mulher de Paulinho, Elza de Fátima Costa Pereira, 48, tesoureira do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes. Ela informou, por meio do advogado Antônio Rosella, ter pago R$ 220 mil pelo imóvel, com um cheque seu de R$ 160 mil e o restante em dinheiro. Segundo o advogado, a parte em dinheiro foi paga "por conveniência" e o imóvel foi registrado em nome da filha por se tratar de "uma dependente"
Elza declarou em 2006 ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo, quando se candidatou, e perdeu, a senadora paulista pelo PDT, um patrimônio de R$ 441 mil, sendo R$ 130 mil em "aplicações financeiras" na Caixa Econômica Federal e o restante equivalente a 50% de dois imóveis. Se fosse mantido intocado na poupança, o valor em dinheiro guardado por Elza na CEF seria hoje de R$ 149 mil - cerca de 67% do valor que ela desembolsou pela nova casa em Bertioga. Em 2006, Paulinho declarou-se mais pobre que a mulher, com um patrimônio total de R$ 163,1 mil.
A compra do imóvel em Bertioga ocorreu "há cerca de 20 dias", segundo o advogado de Elza, ou há mais de 30 dias, de acordo com os ex-proprietários localizados ontem pela Folha em São Paulo. O período da negociação coincide com o auge das investigações da Polícia Federal que apontam suposta partilha de recursos entre Paulinho, o consultor da Força Sindical João Pedro de Moura, o advogado Ricardo Tosto, o consultor Marcos Vieira Mantovani e o empreiteiro Manuel Fernandes de Bastos Filho, entre outros investigados.
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