A bancada federal do PSDB do Pará vai defender nesta quinta-feira à tarde o apoio do partido à candidatura da ex-vice-governadora Valéria Pires Franco, do Democratas, à Prefeitura de Belém nas eleições de outubro próximo.
E não apenas isso: os integrantes da bancada federal tucana acertaram que vão se abster, durante a reunião que deverá se realizar no escritório do senador Flexa Ribeiro, presidente regional da legenda, de fazer perguntas tanto a Ducioomar como a Valéria, que lá estarão para fazer uma breve exposição sobre o que têm a oferecer eleitoralmente ao PSDB.
“Nós não pretendemos fazer daquilo [das presenças de Duciomar e Valéria] uma sabatina, porque em verdade não será uma sabatina. Nós defendemos que eles façam uma breve exposição e digam o que pretendem do PSDB. Só isso. Feito isso, nós é que vamos continuar com nossa reunião reservada para bateremos o martelo e decidir essa situação”, adiantou uma fonte do PSDB ao blog.
Mas os tucanos vão para a reunião de hoje sintonizados com a disposição que domina o ex-governador Simão Jatene: é preciso que o partido, seja qual for a decisão a ser tomada à tarde, preserve sua unidade a qualquer custo, para que possa conquistar os maiores dividendos eleitorais possíveis nas eleições municipais.
Sobre unidade, aliás, foi o que mais se conversou no encontro que reuniu em Brasília, ontem, Simão Jatene e o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Conforme adiantou o Espaço Aberto na última terça-feira, Guerra chamou o ex-governador para tratar do processo eleitoral em Belém. Jatene foi a Brasília pela manhã e à noite estava de volta a Belém.
Havia a expectativa de que Sérgio Guerra faria cobranças a Jatene sobre seu posicionamento tendente a orientar a legenda para que fechasse uma aliança com o PTB do prefeito Duciomar Costa. Mas tal cobrança não aconteceu. O ex-governador, além de ter sido tratado com cortesia por Sérgio Guerra, ouviu apelos para que procure de todas as formas preservar a união tucana no processo eleitoral que começa a se afunilar no sentido de definição das candidaturas.
Os integrantes da bancada federal do partido estão certos, no entanto, de que haverá na reunião posicionamentos favoráveis à candidatura própria – até aqui encarnada pelo ex-secretário de Cultura Paulo Chaves – e, em menor intensidade, até mesmo em favor de uma aliança com Duciomar Costa.
“Mas o que nós avaliamos é que, se decidirmos em favor de uma aliança com o DEM, indiscutivelmente o grau de insatisfação [entre senadores, deputados e vereadores do partido] será bem menor do que se decidirmos, por exemplo, fechar com o Duciomar”, garante a fonte tucana.
Independentemente da decisão que venha a ser tomada, a avaliação predominante entre os vários segmentos do partido é que o PSDB, muito embora esteja demorando a se definir, poderá se reoxigenar discutindo amplamente antes de decidir os rumos que vai seguir na eleição de outubro.
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