A juíza Clarice Maria de Andrade, que era titular da Comarca de Abaetetuba quando a menor L. foi presa numa cela com homens, que a estupraram e torturaram, concedeu há pouco uma entrevista exclusiva à TV Liberal. Em resumo, disse o seguinte:
1. Que não tinha conhecimento de que menor estava presa com homens. Tomou conhecimento disso apenas pela Imprensa.
2. Que o juiz, ao manter uma prisão em flagrante, não é obrigado a saber onde o preso se encontra.
3. Que a informação sobre a prisão da menor foi encaminhada ao juízo pela autoridade policial apenas no dia 7 de novembro, 17 dias depois que L. foi encarcerada.
4. "Qual a Delegacia no Brasil que tem área para mulheres?", questionou a magistrada.
5. Disse que nem precisaria sua interferência para que o delegado de Polícia do município removesse a presa para o Centro de Recuperação de Menores de Abaetetuba, onde haveria vagas disponíveis para a menor ficar custodiada.
6. Garantiu estar tranqüila e dispor de documentação suficiente para demonstrar que agiu corretamente.
Para amanhã, está marcada uma entrevista coletiva da juíza na sede da Associação dos Magistrados do Pará.
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