quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Edmilson critica participação da PM no sumiço de processos

O deputado Edmilson Rodrigues cobrou explicações da presidência da Assembleia Legislativa do Pará (Alepa), do Comando da Polícia Militar e do Governo do Estado sobre a participação de uma viatura da Ronda Ostensiva Tática Metropolitana (Rotam), da PM, no extravio de mais de 50 processos licitatórios supostamente fraudados da Casa de Leis. O assunto foi levado à tribuna da Alepa, por Edmilson, na sessão ordinária desta terça-feira, 30. As licitações desaparecidas são alvo de investigação do Ministério Público do Estado dentro do inquérito que apura o desvio de recursos na Assembleia.
No início deste mês, Edmilson denunciou o sumiço das licitações em primeira mão. No pronunciamento desta terça-feira, ele citou matéria jornalística publicada no último domingo, 28, a qual revela o emprego do aparato do Estado na ação criminosa que deu fim nas licitações com indícios de fraude e contaminou de vírus os computadores da Comissão de Licitação de Obras da Casa (Celo), o que deletou os dados digitais referentes aos certames. Também teriam colaborado com a operação os coronéis Rufino e Osmar Nascimento, da Casa Militar da Alepa.
“Quais os interesses que estão por traz desse desaparecimento? Onde foram parar as licitações?”, questionou Edmilson. Segundo a matéria, no dia 28 de junho a viatura chefiada pelo sargento Antônio Marcos da Silva Ferreira teria ido à Alepa para escoltar um veículo particular no qual as licitações foram levadas para fora das dependências do Poder. Ainda de acordo com a matéria, o Major Marcos esteve lotado na Assembleia, onde permaneceu cerca de 15 dias, sendo em seguida transferido para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
“Estamos, infelizmente, diante de uma situação nebulosa que põe em questão a credibilidade deste Poder Legislativo. Por isso, solicito, nos termos da Constituição Estadual e do próprio Regimento Interno da Alepa, ter acesso imediato a todas as investigações que estariam sendo realizadas, seja na forma de sindicância ou de Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD), abertas contra os servidores envolvidos no escândalo de fraudes da Casa”, reiterou Edmilson.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse caso tem que ser levado ao conhecimento do Ministério Público Federal, porque envolve crime contra o sistema financeiro nacional e sonegação tributária federal. Certamente mandarão abrir inquérito policial junto à Polícia Federal.
Está dada a dica para o Deputado agir. Vamos lá Deputado!!!