quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Diretores se recusam a assinar ofício insinuando acordo

Não há dúvida.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Pará, Jarbas Vasconcelos, fez uma leitura, digamos, muito particular e muito conveniente do resultado da sessão do Conselho Seccional do dia 16 deste mês, terça-feira da semana passada.
Essa sessão, vocês sabem, foi aquela em que, à unanimidade, o Conselho decidiu desfazer o negócio que consistiu na venda de imóvel em Altamira para o advogado Robério D'Oliveira.
A mesma sessão também foi aquela em que Robério protaganizou o feito de silenciar e, em silenciando, fez tronituar, ribombar, ecoar um barulho verdadeiramente ensurdecedor. Dentro e fora do augusto recinto da OAB do Pará.
Pois é.
Logo depois dessa sessão, o presidente Jarbas Vasconcelos redigiu um ofício curto.
Bem curto.
Curtíssimo.
Tem umas 15 linhas no original, no formato daqueles documentos do Word.
Mas são linhas das mais elucidativas.
Das mais significativas.
Dizem o seguinte:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO CONSELHO FEDERAL DA ORDEM DOS ADVOGADOS, DR. OPHIR CAVALCANTE JÚNIOR.
JARBAS VASCONCELOS DO CARMO - Presidente da OAB-PA; EVALDO PINTO - Vice-Presidente da OAB-PA, ALBERTO CAMPOS - Secretário Geral da OAB-PA, JORGE MEDEIROS - Secretário Adjunto da OAB/PA, ALBANO MARTINS - Tesoureiro da OAB/PA, vêm informar a V.Exa., que no dia 16.08.2011, por decisão unânime do Egrégio Conselho Seccional, conforme consta da Certidão em anexo, foi reconhecida a nulidade do negócio jurídico da venda do terreno de Altamira, com devolução do dinheiro depositado ao Promitente-Comprador.
Entendem que a r. decisão encerra toda e qualquer apuração sobre o fato, com todos os dirigentes regressando, unidos, ao pleno exercício de seus cargos.
Requerem, por fim, que este expediente seja juntado aos autos do processo de sindicância.

N.T.
Pedem e Esperam deferimento.


Observaram lá? "Entendem que a r. [respeitável] decisão encerra toda e qualquer apuração sobre o fato, com todos os dirigentes regressando, unidos, ao pleno exercício de seus cargos."
Doutor Jarbas, em duas linhas, externou a sua certeza de que um acordo havia sido selado entre seu grupo e o adversário.
E tanto é assim que fala no encerramento de qualquer apuração sobre o angu, diz que todos os dirigentes, "unidos", regressariam ao pleno exercício de seus cargos e, por último mas não menos importante, pede que o ofício seja juntado aos autos do processo de sindicância.
Com isso, pretendia sinalizar que tudo voltara ao que era dantes nos quartéis d'Abrantes, ou melhor, que tudo voltara ao que era antes no augusto recinto da OAB.
Mas a estratégia gorou.
Naufragou.
O ofício deveria ser assinado pelo próprio Jarbas e por mais quatro diretores.
Dos quatro, três se recusaram a assinar.
O Espaço Aberto não conseguiu apurar se ofício com esse mesmo teor foi mandado para Brasília, com a assinatura apenas do próprio Jarbas e de mais um diretor.
Mas parece que não.
Parece.

3 comentários:

Anônimo disse...

O atual presidente assume um ar blazê qdo se trata do assunto e é tão estranho seu comportamento que foi a Brasília levando, a tiracolo, nada mais nada menos que o próprio Robério, o mesmo beneficiado com a venda ilegal do terreno....para dar tapinhas nas costas dos conselheiros federais.
Num grupo de conselheiros se ouviu a seguinte tirada: se ele não era culpado agora pelo menos é suspeito, diante dessa companhia....

Anônimo disse...

Quem foram os 3 que se recusaram a assinar, PB? Conta tudo, oras!

Anônimo disse...

O PB NÃO QUER CONTAR TUDO.
MAS CLARO QUE JARBAS ASSINOU SOZINHO...
E AGORA O CONSELHO TÁ COBRANDO DELE UMA COISA QUE ELE NÃO SE CONFORMA E TÁ ENROLANDO PRA MANDAR.