terça-feira, 20 de janeiro de 2015
Pelo menos 20 serão indiciados como autores de chacina
Pelo menos 20 pessoas deverão ser indiciadas em inquéritos que apuraram a chacina ocorrida em Belém, na noite de 4 de novembro e na madrugada seguinte, quando pelo menos 11 pessoas foram assassinadas na periferia da cidade. A chacina disseminou em toda a Região Metropolitana o medo e a insegurança.
A matança começou logo depois do assassinato do policial militar Antônio Marco da Silva Figueiredo, o cabo Pet. Ele foi executado com dois tiros na Passagem Monte Sinai, esquina da rua Augusto Corrêa, no bairro do Guamá, em Belém, por volta das 20h do dia 4 de novembro, quando voltava para casa dirigindo um Celta vermelho.
O Espaço Aberto apurou com três fontes que as investigações, conduzidas no âmbito de inquéritos policiais que correm sob sigilo, que não apenas está mais do que confirmada a participação de milícias que compram o silêncio de comunidades inteiras, inclusive e principalmente empresários, como já foram colhidas provas sobre a participação de pelo menos duas dezenas de pessoas. Mas esse número ainda pode aumentar. Os nomes de todos deverão ser divulgados até o final deste mês.
A apuração, sobretudo no seu início, decorreu com muita dificuldade, porque as testemunhas ouvidas tinham medo de falar sobre o que ouviram, viram ou sabem. Mesmo com a garantia de que suas identidades seriam preservadas a todo custo, várias resistiram o quanto puderam, mas acabaram falando, convencidas de que a contribuição com as investigações policiais é indispensável para desmontar o esquema de milícias que pratica chacinas como a ocorrida em novembro.
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