terça-feira, 26 de junho de 2012

O Remo, o de domingo, não mereceu a torcida que tem



Olhem só.
Há derrotas que dignificam.
Há derrotas que edificam um espírito mais, muito mais do que as mais retumbantes, incomparáveis vitórias.
Vocês estão vendo a foto acima?
O Espaço Aberto, à unanimidade de sua redação, reputa essa imagem como a tradução de uma das cenas mais impressionantes do esporte, em todos os tempos.
Em todos as Olimpíadas, pelo menos.
A foto mostra a suíça Gabrielle Andersen-Scheiss chegando em último lugar, na maratona das Olimpíadas de Los Angeles, em 1984.
Ela chegou externuada.
Mortificada.
Retorcida pelas dores da disputa.
Como se estivesse embriagada pela esforço de não desistir.
E não desistiu.
Desidratada e sofrendo de hipertermia, Gabrielle se recusou inclusive a receber ajuda médica, porque seria desclassificada.
Não aceitou nem água no ponto de distribuição e entrou no Estádio Coliseum notavelmente debilitada.
Faltavam apenas 400 metros para o fim do sacrifício.
Seu rosto estava transfigurado pelo esforço gigantesco, quase impossível.
O andar era arrastado devido às fortes cãibras.
Pois ela chegou.
Chegou após 2h48min42s de caminhada.
Chegou sob os aplausos de uma multidão de pé.
Uma multidão emocionada.
Extasiada com aquela demonstração de coragem.
Por que recordar esse fato?
Pra falar do Remo.
O Remo perdeu no domingo para um time montado às pressas, o Vilhena, de Rondônia.
Mas o Remo poderia perder até para um adversários com dois jogadores.
Não importa.
O Remo, no entanto, precisava jogar.
Simplesmente precisava jogar, caramba.
Se jogasse - porque não jogou -, jamais teria feito aquele papelão.
Um time sem sangue.
Sem alma.
Sem coração.
Apático.
Acovardado.
Desmotivado.
Distante.
Aéreo.
Anestesiado.
Abobalhado.
Aparvalhado.
O Remo, naquela noite de domingo, não mereceu a torcida que tem.
Uma torcida que se sente envergonhada por aquela covardia.
E olhe que ainda há tempo.
A Quarta Divisão está começando.
Foi o primeiro jogo.
Ainda faltam sete, neste primeira fase.
Ou o Remo honra sua torcida ou então é melhor sair.
Fora de brincadeira.

2 comentários:

Anônimo disse...

Eu volto a clamar aos dirigentes do Remo: DÊEM UMA CHANCE AO REMO! Façam uma retrospectiva e ponham a mão na consciência e analisem se voces tem legitimidade para permanecer à frente dessa Nação. Caso contrário, pelo menos, fiquem só mais 20 anos, depois deixem o clube para quem estudou para administrar, o tempo de administrar com a paixão já acabou faz tempo!
Padres, Cardeais, Bispos, Grandes Beneméritos etc... só serve para envergonhar nosso clube.
DÊEM UMA CHANCE AO REMO!

Anônimo disse...

Égua, sumano! Essa "thurma" de zumbís não vai desocupar o lugar enquanto não FECHAREM O REMO!
De vexame em vexame, entra diretoria e sai diretoria,tudo muda pra ficar sempre a mesmice vergonhosa. Isso é um esbulho para com a torcida azulina, eternamente explorada nos bolsos e nos sentimentos.
E, aqui pra nós seu Espaço, há muito tempo se repetem também nos erros de contratação. E a nova "moda" é dar abrigo a ex-jogador que teima em estar em atividade.
Junte a isso uma safra mediocre, repito, mediocre de pratas da casa que na hora da necessidade mostram toda a sua limitação (mas são protegidos pelos cronistas esportivos, logo elevados a "revelações")e está feito mais um timeco para dar mais tristesas à nação azulina.
Chega de tanta incompetência!
Égua da picíca!
Fora bando de Zumbís!!!
Acorda Fenômeno Azul!!!