segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Quem comprou a lancha? Quem?

Essas últimas exonerações no governo Ana Júlia acenderam, aceleradamente, especulações sobre um negócio, uma transação pra lá de interessante.
Interessante e confortável.
Trata-se da venda, por um parlamentar reeleito, de uma lancha para figurão do governo Ana Júlia.
A lancha – possante, luxuosa e confortável – teria sido negociada por R$ 2 milhões.
Seu proprietário seria o deputado estadual Alessandro Novelino (PMN), reeleito com 23, mil votos.
O blog conversou com Novelino.
Ele explicou que, de fato, passou em frente uma lancha de sua propriedade.
Garante que a transação está registrada em seu Imposto de Renda.
Disse que o valor da lancha está longe, muito longe dos especulados R$ 2 milhões.
“O valor da venda é mais ou menos um quarto disso. Ficou em torno de R$ 450 mil”, disse o deputado.
Mas e aí, a venda foi feita diretamente ou não ao figurão, hein, deputado?
Novelino garante que não.
Afirma ter vendido para uma empresa.
Agora, se a empresa repassou a lancha ao figurão, isso aí ele disse que não sabe.
Pelo sim, pelo não, uma coisa é certa.
Quem estiver com a lancha deve estar aproveitando.
No luxo e no conforto.
É claro.

8 comentários:

Anônimo disse...

Poxa, não dá para sabermos, pelo menos a primeira e última letra do primeiro nome desse "figurão"?

Poster disse...

Não dá, Anônimo.
Realmente, não dá.
Abs.

Ismael Moraes disse...

Eu posso falar quem é o figurão: Aníbal Picanço. Mas isso não é segredo, Bemerguy, porque todo mundo que passeia pela orla de Belém vê ele charlando com aquele iate maravilhoso.
Aliás, esse rapaz tem uma história interessante: antes de ele ser procurador federal, era comerciante de madeira. Já na condição de Superintendente do IBAMA, ele estava tão presente em uma madeireira - imagine-se por quê - que vários trabalhadores reclamaram contra ele na Justiça do TRabalho, na condição de dono. E o pior: ele foi condenado em 1a instância. Eu tenho cópia de algumas sentenças desses casos.
Mas o que eu fico surpreso é com a ingenuidade comercial de quem vendeu a lancha ao Aníbal - que deve ter se tornado um grande comerciante na época em que comprava e vendia madeira.

Anônimo disse...

A net tem essa megavantagem: quando não se sabe tudo no post, os comentaristas complementam!!!

Anônimo disse...

Esse foi um dos motivos pelo qual a Senhora perdeu a eleição, viu Ana Júlia? Vai dizer agora que também não sabia de nada??

Anônimo disse...

Um dia comprarei uma montaria ou um "casquinho" so para tapar uns iragapés lá pr'as bandas da Vigia, fazer um "avuado" e tomar umas pingas com meu compadre Bené.

Anônimo disse...

Ismael,
Mas ele ja nao era procurador federal quando foi nomeado superintendente do Ibama? Pelo que eu soube ele veio para Belem transferido ja como procurador federal!!!
Voce teve conhecimento do julgamento definitivo das reclamacoes trabalhistas?

Ismael Moraes disse...

Ele é paraense de Terra Santa, ao que me consta. Antes de ser procurador federal, parece que exerceu outro cargo federal (salvo engano, agente da polícia federal). Como disse, ele chegou a ser condenado em 1a instância. Em segunda, foi excluído dos processos.
Mas o interessante é saber porque, exercendo o cargo de Superintendente do IBAMA, ia, ficava e tinha tanto aparência de dono de determinada madeireira, conforme os depoimentos dos reclamantes.