No AMAZÔNIA:
Paysandu e Clube do Remo deixaram o campo do Mangueirão ontem à noite comemorando o empate em 1 a 1. No Re x Pa da queda de braço entre governo do estado e Ministério Público, vencido pelo primeiro, o Papão comemorou porque o time mostrou, finalmente, uma evolução em relação ao que começou o Campeonato Paraense de forma titubeante. Já o Leão, que não teve uma grande atuação, soube segurar o adversário quando esteve durante todo o segundo tempo com um homem a menos. Os azulinos se mantiveram na liderança da competição, com dez pontos. Os bicolores vêm logo em seguida com oito.
O clássico, de fato, começou bem antes de ontem. Durante a semana passada, o governo do Estado e o MP duelaram forças para que o Mangueirão fosse liberado. A despeito das orientações dos órgãos de segurança, a força política teve mais força e a partida foi realizada. O jogo, em si, foi como se esperava. Nervoso em alguns momentos, com poucas chances e gols decididos em pequenos detalhes.
No entanto, quem mais mostrou força foi mesmo a torcida. Não houve a presença que tradicionalmente se vê nos clássicos, mas 24 mil torcedores estiveram no estádio e mostraram que são eles a principal força do futebol paraense. Sábado de manhã, quando as negociações para a liberação do estádio estavam a todo vapor, bicolores e azulinos se amontoavam nas bilheterias de Curuzu e Baenão para comprar ingressos, mesmo sem a certeza de que haveria o clássico. Não fosse toda a confusão que envolveu a partida e o fato de que o Mangueirão não pôde ser liberado em sua totalidade, é provável que houvesse recorde de público em Belém.
Com a bola rolando, o que se viu foi algo que só um clássico pode explicar. Sem convencer até então, o Paysandu mostrou-se bem mais organizado. O Remo, que vinha sobrando na competição, talvez tenha se surpreendido com a postura do rival e demorou a se achar em campo. O Papão tinha maior posse de bola e marcava melhor os dois melhores jogadores do Leão, os meias Vélber e Gian, mas nenhuma das duas equipes conseguiam criar boas jogadas de ataque.
Foi aí que veio o lance capital do primeiro tempo. O volante Ramon, do Remo, recebeu o segundo cartão amarelo - com justiça -, foi expulso e, coincidência ou não, desencadeou os cinco melhores minutos da partida. Em seu lugar, entrou Marlon que, no primeiro lance, perdeu a bola no meio- campo e propiciou o ataque bicolor. O centroavante Luciano Dias recebeu na direita e cruzou para o atacante Moisés antecipar-se à zaga, escorar e abrir o placar.
No minuto seguinte, aos 46, o Remo deu a saída de bola e Gian e Vélber mostraram que bons jogadores, mesmo em dias não tão felizes, são decisivos. Gian recebeu no meio, defendeu-se da marcação e lançou Vélber na esquerda. Ele invadiu a área e tocou por cobertura na saída de Alexandre Fávaro para marcar um golaço.
Gol que contou com a providencial ajuda dos alviazuis, ainda mais preocupados em comemorar a abertura do placar. O preparador de goleiros do Remo, Afonso Ribeiro, encarou de forma peculiar o gol de empate e desmaiou em pleno gramado.
Em mais uma saída de bola, quase que o Paysandu dá o troco. O meia Sandro cruzou na área e Moisés subiu mais que a defesa para cabecear. A bola passou pelo goleiro Adriano e foi no travessão. Luciano Dias pegou o rebote e desperdiçou uma chance incrível.
No 2º tempo, o Papão foi sempre o senhor das ações e o Leão buscou os contra-ataques, mas um evidente desgaste de ambos os lados fez com que os cruzamentos para a área e os erros de passes fossem constantes. As duas equipes criaram apenas uma chance boa para cada lado. Aos 6 minutos, o meia Zeziel chutou na zaga e a bola sobrou para a virada do zagueiro Victor Hugo que Adriano defendeu de forma milagrosa. Aos 41, o atacante Héliton recebeu desmarcado dentro da área, mas isolou por cima da trave.
Um comentário:
Até quando o jogador Ramon vai continuar comentendo desatinos, ao invés de jogar bola?
Ele é reincidente contumaz em distribuir botinadas, ser expulso precocemente e deixar os companherios em inferioridade numérica, no maior sufoco!
Está mais do que na hora de a comissão técnica do Remo dar-lhe uma penalização.
Ou será que a culpa do desequilíbrio desse jogador é dividida com a comissão técnica que não o preparou para jogar bola?
Afinal, o outro volante, Danilo,tem jogado com desenvoltura e boa técnica, demonstrando que empenho e disposição não significa porrada nas canelas qdversárias.
Ou seria o Ramon um irresponsável despreparado mesmo?
Continuar como tem sido é que não pode!
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