terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Em Belo Monte, “uma das maiores mentiras da História”

“Não seria obrigatório fazer a barragem naquele ponto e fazer a água ser desviada com toda essa extensão de rio seco. Também não é obrigatório que aquele volume de água fosse desviado. O condicionante não conserta o erro básico que é o erro de engenharia. Claro que, para eles que estão interessados na maior potência e volume de água possível, a obra é uma maravilha. Porém, esta é uma das maiores mentiras que a sociedade brasileira já enfrentou ao longo da sua História. Criaram, há vinte anos, uma concepção que foi ligeiramente modificada, para diminuir um pouco a área alagada, mas que nunca foi alterada radicalmente. Considera-se normal desviar um volume imenso de água do rio para poder turbinar lá embaixo. Poderia haver até 400 condicionantes que este problema não seria resolvido.”

Esse aí é um dos trechos de entrevista do engenheiro Oswaldo Sevá, referindo-se à construção da hidrelétrica de Belo Monte, na região do Xingu, no Pará. Ele contesta a tese de que as condicionantes impostas pelo Ibama, ao liberar a licença prévia da obra, seriam suficientes para adequar a hidrelétrica a parâmetros aceitáveis, durante a sua construção e depois, durante o seu funcionamento.
Oswaldo Sevá é graduado em Engenharia Mecânica de Produção pela Universidade de São Paulo. Fez mestrado em Engenharia de produção pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, e doutorado na Université de Paris I. Em 1988, a Universidade Estadual de Campinas, onde é professor atualmente, concedeu-lhe o título de Livre-docência.

Clique aqui para ler a íntegra da entrevista.

2 comentários:

Anônimo disse...

Esse parece mais um paulista metido a entender de Pará.
Ele sabe pelo menos onde é o Xingu?
Já participou de alguma obra de hidrelétrica no Brasil?
Ou é mais um daqueles acadêmicos emprenhados pelos ouvidos pelos que são contra o desenvolvimento do Estado?

Anônimo disse...

Desenvolvimento do Estado para quem??????????? Até agora o tal "desenvolvimento do Estado" está muito bom para a Vale e algumas outras empresas (ir)responsáveis pelos grandes projetos na Amazônia... desenvolvimento para os pobres do Estado mesmo... para o povo paraense... cadê????????????????