Antes de mais nada, esclareça-se.
De antemão, ponham os pingos nos is.
Antes de mais nada, como se diz, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Fiquem certos, então.
Não é apenas o Diário do Pará que não é o Diário Oficial do Estado – e vice-versa.
Convém não confundir: o Espaço Aberto também não é o Diário Oficial do Estado.
Com certeza, não é.
Nem por isso, o Espaço Aberto pode se eximir do dever de informar, não é.
Feitos os esclarecimentos preliminares, vamos ao fato.
E o fato é que está definido: o chefe da Casa Civil, Cláudio Puty (na foto), não sairá depois do Carnaval.
Sairá antes.
Sairá da Casa Civil daqui a uns dez dias, portanto na próxima semana.
Esse prazo foi definido ontem, no Palácio dos Despachos.
E tanto é assim que nesta semana ainda chegará a Belém o substituto de Puty, o santareno Everaldo Martins Filho, que já foi secretário de Saúde do governo Edmilson Rodrigues, em Belém, e nos últimos cinco anos é o secretário de Planejamento do governo Maria do Carmo, em Santarém.
Everaldo, que é irmão do deputado estadual Carlos Martins e integra a tendência Unidade na Luta, a que pertence o deputado federal Paulo Rocha, entre outros, iniciará nesta semana uma espécie de transição na Casa Civil.
Conversará com Puty, conhecerá melhor a estrutura de que vai dispor e as emergências com que vai se deparar nas novas funções.
Além das demandas políticas mais prementes, é claro. Até porque a Casa Civil é a pasta responsável pela articulação política do governo.
Terminada a transição, o que deve acontecer até o final da próxima semana, Puty estará liberado.
Será o porta-bandeira e passista principal de sua própria pré-candidatura a deputado federal.
E ingressará nessa condição sem quaisquer constrangimentos, eis que não mais estará sujeito a enfrentar a hostilidade dos companheiros que vinham, crescentemente, condenando a dupla condição do secretário: de pré-candidato e chefe da pasta mais vistosa do governo Ana Júlia.
Como aqui sempre ressaltou, Cláudio Puty tem o mais legítimo direito de aspirar a uma candidatura.
E tem condições, inclusive, de ser um bom representante no Legislativo.
Mas era incompatível – e sempre foi - com suas funções administrativas a condição de pré-candidato, justamente numa pasta responsável pela articulação política do governo.
A partir do momento em que não for mais secretário, terá mais tempo para se dedicar à sua campanha.
Ou pré-campanha, como queiram.
Um comentário:
Carnaval tá indo e Puty não saiu. Nem ele, como preferem por em destaque, nem os outros três secretários que devem se desincompatibilizar prevendo suas candidaturas.
Que Puty amargue o que precisar amargar. Coisas de disputas político partidária ou de interesses econômicos, sabe-se lá. Mas jornalistas precisam tomar parte nestas disputas? Penso que não. Que se ponham as informações na mesa com o mínimo de compromisso com os leitores. Por exemplo, sairão quatro, não só Puty. E Puty não sai porque um grupo ou outro quer, e muitos parecem querer, de fato, assim como muitos torcem por ele. Aliás, há muitas controvérsias sobre as mil maravilhas aqui contadas sobre Everaldinho. Há muitas.
Bem, o fato é que Puty vai se desincompatibilizar, não está sendo derrubado. Ele se desincompatibiliza como outros três secretários: Ganzer, Suely e Edilson. E dentro do prazo legal. Até antes, mas não antes do carnaval.
A quem será que interessa essa insistência num viéis claramente desvirtuado e negativo contra Puty?
No final das contas o que importa pros meros mortais não são esses blablablás todos. O que deveria de fato importar a todos é o que está sendo feito para a população ter qualidade de vida.
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