terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

E os “massacres” neste governo?

Da leitora Bia, sobre a postagem Desagravo precisa ser pleno:

A alma petista é um "carrinho de compras": ela vai ao passado comprar fatos que desviam o foco dos fatos presentes. Assim é, sempre. Um governo "comparativo" só naquilo que lhe convém.
Ao anônimo informo que o "aspirante a personagem da história recente do Pará" já tinha história na defesa do Pará e dos seus filhos.
Naquela época já havia dirigido o Hospital Barros Barreto, ocupado a Secretaria Estado de Saúde, era reconhecido nacionalmente como médico sanitarista - o que lhe garantiu a relatoria da Comissão da Ordem Social na Constituinte, três anos depois - e combatente da ditadura militar, inclusive salvando vidas no porão da Santa Casa e no Hospital Barros Barreto.
Com este histórico e com a ação renovadora na cidade de Belém que na Prefeitura naquele período, não envergonha nenhum painel. Menos ainda o artista que o retratou.
Quanto a Eldorado de Carajás, soube hoje [ontem] que o "Estadão" disponibilizou todo o seu acervo na internet. Talvez isso facilite a busca de uma nota na coluna política do jornal, do dia 19 de abril de 1996. Lá, o anônimo vai encontrar uma notinha sobre o seu atual estimado aliado de 2006 - amantíssimo aliado de 2010, se der certo - que mostra como Eldorado teve muitos atores, inclusive em bastidores não tão secretos.
E, já que o tema mudou para massacre, o que pensamos sobre o massacre oficial da Operação Paz no Campo neste governo? É claro que a imprensa local não deu bola para as denúncias dos trabalhadores ameaçados e espancados em Redenção há ano e meio, na operação que garantiu o direito à grilagem. Nem relata os 14 estranhos assassinatos dos que denunciaram essas arbitrariedades à Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. Ah!, já sei: 14 é menor que 19! Talvez quanto se der o "empate" possamos conversar sobre isso.

3 comentários:

Anônimo disse...

A história comparativa do retratado no painel, não garante a ele o direito de fazer o que fez em Eldorado do Carajás.
As violências e arbitrariedades cometidas por este governo atual só fazem confirmar que ambos são farinha (da pior qualidade) do mesmo saco.

Cláudio Teixeira

Anônimo disse...

Égua sumano! Mandou bem a senhora!
Certeiramente nas canelas; quem manda o moço sair atirando por conveniência?
Levou o ricochete merecido.

Bia disse...

Boa noite, caro Paulo:

Cláudio:

concordo com você que nada relativiza Eldorado como um crime cometido por agentes do estado.

O que não é "relativo" é isto ser disseminado como uma ação deliberada e "assassina" do então governador Almir Gabriel. Sem compartilhar responsabilidades com outros atores e com as "lideranças", se é que se pode chamar assim quem encaminha a massa para o embate desigual. Isso é oportunismo, desrespeito e cegueira. Foi sobre isto meu comentário.

Um abraço.

Abração, Paulo.