“É mais fácil um torcedor do Remo passar a torcer pelo Paysandu e ser aceito pela torcida bicolor do que o PMDB se aliar ao governo Ana Júlia para a eleição do próximo ano”.
Foi assim que o presidente municipal do PMDB de Belém, José Priante (na foto), respondeu ao blog quando lhe foi indagado sobre a possibilidade de ser mantida a aliança entre os peemedebistas e o governo – se é que vocês consideram que essa aliança ainda exista.
Priante foi claro.
Na sua avaliação, inexistem hoje condições objetivas mínimas para que o PMDB desista de lançar uma candidatura própria ao governo do Estado, no pleito deste ano. A questão central, e portanto impeditiva para uma recomposição entre Jáder e Ana Júlia, está na falta de confiabilidade, para o PMDB, dos petistas que cercam a governadora.
O presidente do PMDB situa objetivamente no grupo que cerca a governadora o foco das dissensões que se mostram como obstáculos praticamente intransponíveis para um entendimento entre o governo e os peemedebistas. Ana Júlia, segundo Priante, não conseguiu se desgarrar de sua tendência, a DS (Democracia Socialista). “E tanto é assim que a DS é motivo de divergências internas no próprio PT”, ressalta Priante.
Ele considera relativas, ineficazes as mudanças que serão operadas a partir de 1º de março especificamente no que se refere à possibilidade de uma recomposição entre o PMDB e o governo.
Priante diz que conhece bem Everaldo Martins Filho, que assumirá a Casa Civil a partir de 1º de março, mas vê poucas condições de que ele possa aparar arestas, reduzir tensões e estabelecer um ambiente propício para a recomposição entre o PMDB e o governo.
“Eu conheço o Everaldinho. Tenho relações de amizade com ele. A mesma coisa, com o deputado federal Paulo Rocha, com quem sempre tivemos um bom relacionamento político. Mas nem tudo depende deles”, resume Priante.
Ele considera que o sentimento de que o governo não é confiável e a expectativa de que o PMDB deve lançar uma candidatura própria se dissemina em todos os segmentos do partido, das bases até a cúpula.
Ex-deputado e ex-candidato a prefeito de Belém na eleição de 1988, quando perdeu para Duciomar Costa no segundo turno, Priante não esconde suas pretensões em relação ao pleito deste ano. “Se depender da minha preferência, serei candidato ao governo do Estado, observadas, é claro, algumas condições que discutiremos mais à frente. Mas se isso não for possível, disputarei uma vaga à Câmara dos Deputados”, diz o presidente do PMDB de Belém.
3 comentários:
Que venha o Priante, que venha o Jader. Vão levar peia nas urnas.
O PMDB deve esquecer o PT.
Deixemos eles pra lá usando a sua máquina!
O que devemos nos preocupar é em lançar candidatura própria para o governo e chegar ao segundo turno. Seja com Jader ou seja com Priante.
Com quem os senhores acham, que o PSDB vai se aliar em um segundo turno: PT X PMDB
Com o PT?
Jader, Jader, Jader, já...
Jader é trabalho pelo povo do Pará,
O Pará mal parado, vai poder trabalhar,
Quando já, Jader voltar,
Quando já, Jader voltar.
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