sábado, 16 de janeiro de 2010

Museu do Círio é reaberto

No AMAZÔNIA:

A maior festa religiosa de Belém vista sob diferentes aspectos. Esse é o objetivo do Museu do Círio, que reabriu suas portas, ontem, com novas exposições e um acervo dedicado à preservação e divulgação do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.
Depois de ficar fechado por 45 dias para passar por reformas, o Museu do Círio, que integra o Sistema Integrado de Museus e Memoriais, voltou a ser aberto ao público obedecendo aos parâmetros do convênio instituído entre o Instituto do Patrimônio Histórico e artístico Nacional (Iphan) e o Ministério da Cultura (Minc), que selecionaram a manifestação religiosa como Patrimônio Imaterial Brasileiro.
A inauguração da nova exposição permanente foi promovida pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult). O acervo é composto por cerca de 80 peças e a composição dos objetos expostos conta a história do Círio dentro de sua concepção religiosa, social, econômica, cultural e antropológica.
'O Museu é uma extensão da Basílica (Santuário de Nazaré). Com ele queremos falar da fé, mas também da festa que o Círio remonta, como as artes com o miriti, com a cera, a Festa da Chiquita, o Arraial do Pavulagem e o parque de diversão. O objetivo é mostrar para o povo paraense que existe toda uma história que cerca o Círio', explicou o professor Jean Carlos Lopes, diretor do Museu.
Ainda segundo o diretor, o Museu do Círio abriga os três elementos fundamentais do Círio: o manto que cobre a imagem de Nossa Senhora de Nazaré, a berlinda e a corda. 'Procuramos incluir todos os elementos e eventos que se relacionam ao Círio', disse.
Durante a visitação, o público pôde perceber o projeto expográfico de revitalização, que utiliza mídias eletrônicas e imagens fotográficas mostrando toda a trajetória da festividade, desde quando a manifestação movia apenas alguns devotos, até o momento em que se tornou referência mundial.
Para o secretário de cultura, Edilson Moura, o Museu é muito importante para o processo de reconstrução histórica. 'O Museu remonta a história do Círio dentro de uma visão antropológica. Reconstrói a realidade do povo paraense porque mostra o que existe no entorno do Círio e não apenas o lado da religiosidade', disse.

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